Enquanto montadora se nega a aumentar 1ª parcela da PLR, empresas do mesmo e até de menor porte estão pagando valores maiores. Para completar, vale-mercado e o adiantamento salarial dos metalúrgicos foram suspensos
A greve dos cerca de 2500 trabalhadores do chão de fábrica da Volvo por um acordo salarial justo continua e completa hoje 11, dias, registrando a maior paralisação na empresa situada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Até o momento nenhuma nova proposta foi apresentada ao SMC, que continua a disposição para dialogar e acabar de vez com o impasse, contrapondo a intransigência da montadora.
O ponto principal neste entrave refere-se à primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A direção da empresa continua insistindo nos R$ 5 mil de adiantamento. Em contrapartida os metalúrgicos reivindicam R$ 9,5 mil.
O valor apresentado pela Volvo contrasta e de certa forma até destoa com valores pagos em outras empresas do mesmo e até de menor porte de Curitiba e Região Metropolitana. Já circula no WhatsApp uma relação com os valores da 1ª parcela de várias fábricas do setor.
Na Jhonson Controls, em São José dos Pinhais, por exemplo, os cerca de 150 trabalhadores já garantiram R$ 8,1 mil de adiantamento. Do outro lado da RMC, na Faurecia, em Quatro Barras o valor conquistado pelos 750 companheiros foi de R$ 7.780,00.
Além de impor um valor menor na PLR, a montadora já suspendeu o pagamento do vale-mercado e do adiantamento de salário dos trabalhadores do chão de fábrica. Ambos deveriam ser pagos no dia 20. Segundo denuncias, apenas o setor administrativo recebeu o pagamento.
Uma nova assembleia será liderada pelo Sindicato na porta de fábrica, nesta segunda-feira (25), às 7h, se houver proposta.
A fábrica da Volvo emprega cerca de 4 mil trabalhadores e tem capacidade de produção diária de 80 caminhões pesados, 44 médios e 8 ônibus.