O Sindicato dos Metalúrgicos de Mococa e Região está na reta final da Campanha Salarial 2020, considerada pela entidade como uma das mais difíceis de todos os tempos, principalmente por conta da crise sanitária do coronavírus e de uma situação mais precária das empresas perante a crise econômica que, vale lembrar, começou antes da pandemia.
“Tivemos melhorias produtivas em alguns segmentos, mas na contagem geral foi difícil”, diz Francisco Sales Gabriel Fernandes, o Chico, presidente do Sindicato e vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP.
Chico lembra que já estamos em meados de dezembro e ainda não foram fechadas as convenções com os sindicatos patronais FIESP e Siniem (Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais – Latas de Alumínio), que é o sindicato patronal da Metalúrgica Mococa.
“Estamos negociando diretamente com a empresa, para que o reajuste salarial e as demais conquistas sejam no mínimo iguais aos acordos já firmados com outras empresas”, diz Chico do Sindicato.
Mesmo perante os enormes desafios, a campanha garantiu a recuperação das perdas salariais, os abonos e a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho para mais um ano para a categoria metalúrgica de Mococa e Região, com data-base em 1º de novembro. Confira:
Reajuste salarial de 4.77%
De acordo com o INPC-IBGE do período – aplicados da seguinte forma: 3,5%, a partir de janeiro de 2021, e 1,27%, a partir de março de 2021.
Abonos de 9,5%
Aplicados em dezembro de 2020.
Pisos salariais de R$ 1.507,42 até R$ 2.010,00
Dependendo do número de empregados da empresa e do sindicato patronal que a mesma pertence.
Convenção Coletiva de Trabalho
Renovação de todas as cláusulas sociais, sindicais, econômicas e jurídicas da Convenção Coletiva de Trabalho, que vigorará de 1 de novembro de 2020 a 31 de outubro de 2021.
Apesar das dificuldades, os resultados ficaram acima dos obtidos em outras bases e por outras categorias profissionais: bancários-São Paulo, data-base setembro, reajuste 1,50%; sincomércio-Osasco, data-base fevereiro, reajuste 2%; correios-nacional, data-base agosto, reajuste 2,60%; metalúrgicos-Santa Catarina, data-base maio, reajuste 3%; farmacêuticos/São Paulo, data-base abril, reajuste 3,31%; caminhoneiros-São Paulo, data-base maio, reajuste 2,90%.