O presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, afirmou nesta terça-feira que a indústria automotiva depende de medidas com efeito a médio e longo prazos, além das emergenciais tomadas pelo governo, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Entre as reivindicações do setor está a redução da taxa de juros, atualmente em 13,75% ao ano, e da carga tributária, que onera os veículos em cerca de 30%, na média.
“A curto prazo, as medidas do governo ajudam o setor. A médio e longo prazos, no entanto, é ´preciso aumentar a demanda. Para isso, precisamos de mais investimentos, reduzir os juros e a carga tributária”, afirmou o executivo.
A Volks espera terminar 2008 com crescimento de 6% em suas vendas. As exportações, no entanto, fecharão em 170 mil unidades, abaixo das 182 mil unidades de 2007.
A empresa calcula que, no mundo, todas as marcas devem apresentar redução de 20% nas vendas em 2009, para cerca de 50 milhões de unidades.
“Sofremos uma desaceleração muito rápida e que não esperávamos e 2009 será um ano difícil para todo o mundo”, afirmou Schmall.
Schmall disse que o Brasil deve apresentar redução de mercado em 2009, sem detalhar projeções, mas afirmou estar otimista quanto à recuperação do setor e que a Volks saíra da crise mais fortalecida.
O executivo afirmou que a empresa vendeu cerca de 4.400 veículos no feirão do último final de semana, alta de cerca de 20% sobre os finais de semana anteriores.
Para garantir a participação de mercado (a Volks é a segunda do ranking) a empresa promete para 2009 “16 novidades”, que o presidente não detalha.
Ele afirmou também que a empresa deve manter os investimentos de R$ 3,2 bilhões programados para o período 2007-2011, mas adiantou que ao menos um terço, que não está vinculado a produtos, pode ser remanejado, dependendo dos efeitos da crise.
Fonte: Folha Online