A Vale já começou a demitir por conta do impacto da crise financeira internacional.
Segundo fontes do setor, as demissões podem atingir cerca de 400 dos 2,3 mil funcionários da companhia que entraram em férias coletivas no final do mês de outubro.
Procurada pelo DCI, a assessoria de imprensa da Vale informou que os “desligamentos refletem o ritmo de operação da empresa por conta do cenário mundial e que não estão ocorrendo demissões em massa”. O número de demitidos, no entanto, não foi confirmado pela companhia mineradora.
De acordo o Sindicato dos Ferroviários de Minas Gerais e Espírito Santo, ocorrerá, hoje, uma audiência com os executivos da área de recursos humanos da mineradora, com o objetivo de se tentar evitar cortes mais expressivos.
Atualmente, a empresa possui, no Brasil e no exterior, cerca de 56 mil funcionários em sua folha de pagamento.
O presidente da Vale, Roger Agnelli, já havia admitido, na quarta-feira, que a mineradora estava tentando evitar demissões após o corte da produção de 30 milhões de toneladas de minério de ferro, o que representa 9,25% do total de 325 milhões de toneladas que estavam previstas para 2008.
De acordo com o sindicato, as demissões vêm afetando principalmente os trabalhadores da ferrovia Vitória-Minas.
Isso porque houve uma queda no volume transportado pela estrada de ferro com o fechamento de algumas minas e o corte na produção de outras em Minas Gerais.
Além das demissões, fonte que acompanham as atividades da Vale contam que a companhia quer diminuir custos também por meio de renegociações com fornecedores e cortes de terceirizados.
Com a desaceleração da economia mundial, a Vale acredita que pode conseguir equipamentos a preços mais baratos para concluir seus projetos de expansão que já foram anunciados.
A companhia afirmou, ainda, que trabalha para realocar os empregados das minas paralisadas para unidades onde a produção foi mantida ou para novos projetos.