Eu gosto de ser atropelado pelos fatos se a direção do trânsito é aquela que apontei.
Tenho defendido a importância estratégica da defesa unitária da política de correção do salário mínimo e vinha chamando a atenção do movimento sindical para que esta defesa se desse já, durante a campanha eleitoral e não esperasse 2015, quando se efetivaria a legislação.
Os esforços do movimento sindical foram, até agora, recompensados porque, os três grandes concorrentes presidenciais posicionaram-se, por ocasião do 1° de Maio, em defesa da política do mínimo, tratando-se agora de fazer com que os seus campos de influência, seus apoiadores e formuladores de política referendem e implementem suas declarações e promessas.
Continuava pensando que, após tais posicionamentos, a grande batalha pelo mínimo se daria em 2015, quando da discussão no Congresso Nacional.
Fui atropelado pelos fatos.
A discussão da política do salário mínimo- com aquiescência dos três grandes concorrentes presidenciais- precipitou-se no Congresso, com a urgência de discussão obtida pelos defensores de nossas posições com seus projetos legislativos.
Podemos pressionar, desde já, pela aprovação da continuidade da atual política de correção do salário mínimo e explicitarmos as diferenças político-eleitorais no tumulto da campanha com, pelo menos, este tema resolvido em favor dos trabalhadores, da sociedade e da economia.
João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical