Por José Pereira dos Santos
O jornalista Sérgio Gomes, com quem já trabalhei, costuma dizer: “O passado nos divide. Mas o futuro nos une”. A frase, carregada de otimismo, mostra que, em política, muito mais do que discutir as miudezas do passado, vale pensar e planejar o futuro, buscando os pontos de unidade.
Penso que essa regra se aplica ao micro e ao macro. Ou seja, desde a questões pessoais até ao planejamento estratégico de um Sindicato, uma empresa, uma Prefeitura, um País. O futuro nos une, pois todos buscamos um mundo melhor e empenhamos esforços nesse objetivo.
Por isso, considero positivas ações de discutir e planejar Guarulhos, como faz agora o ex-prefeito Elói Pietá, por meio do Instituto “Visão Pública”. Me parece que a iniciativa tem dois objetivos: 1) Planejar a fim de que não se repitam os erros do passado, que atrasam a cidade até hoje; 2) Buscar uma visão mais ampla sobre planejamento urbano, gestão e desenvolvimento.
Se tivéssemos, décadas atrás, planejado a cidade, não estaríamos hoje sofrendo com o estrangulamento do trânsito, falta de saneamento básico, carência de moradia, infraestrutura precária; desindustrialização; e tantos outros indicadores incompatíveis com o porte econômico de Guarulhos.
Porém, não vou aqui lamentar o que deixou de ser feito. Até porque setores importantes da cidade entenderam a necessidade de planejar. Cito, entre as iniciativas, o movimento “Repensando Guarulhos”, de anos atrás, e a própria Agende, que está em pleno funcionamento, reunindo diversos segmentos da sociedade.
Mas não é o suficiente. E foi o que demonstrou dia 24 nosso vice-presidente Josinaldo José de Barros (Cabeça), ao falar em evento do “Visão Pública”. Nosso diretor, que também representou o Dieese, reforçou a urgência de política industrial para Guarulhos e relacionou medidas geradoras e distribuidoras de renda. Além disso, reforçou a importância da qualificação profissional destacando a necessidade da criação de cursos superiores gratuitos, ou seja, universidades públicas, para a formação de profissionais para a indústria. A qualificação dos trabalhadores é fundamental para o desenvolvimento industrial do País.
Exemplo – Iniciei esse texto falando de futuro e unidade. Registro que, nesse sentido, o movimento sindical tem dado exemplo, ao elaborar uma agenda unitária das Centrais e definir a Pauta Trabalhista. A continuidade dos avanços em nosso País depende de muitos fatores, mas depende principalmente da unidade nacional em torno de um projeto que eleve o patamar do desenvolvimento nacional, com soberania e distribuição de renda.
José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com.br