Tivemos a chance de corrigir uma injustiça na sexta-feira, 18 de dezembro, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pautou a MP 1.000, que trata do auxílio emergencial, um tema de extrema importância social.
Infelizmente, o mesmo Maia, sem sensibilidade alguma, retirou o tema da pauta para a MP não ser votada e o auxílio deixar de ser pago a partir de janeiro de 2021.
Todos os que fizeram parte desta jogada agiram por interesses mesquinhos relacionados à disputa pela presidência da Câmara.
Foram, portanto, muito perversos para os trabalhadores, as trabalhadoras e a sociedade em geral, em um momento tão difícil.
Pois sem nenhuma perspectiva de renda, a partir de janeiro, ficarão os mais de 20 milhões de brasileiros desempregados e desalentados, os que estão na informalidade e os que por causa da pandemia não conseguiram ainda normalizar suas atividades profissionais.
Precisamos então nos preparar desde já para iniciar 2021 sem o auxílio, sem o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, com o coronavírus avançando, o desemprego aumentando, o salário mínimo novamente sem aumento real e a economia estagnada.
Além de enfrentarmos diariamente a pandemia e brigarmos pela vacina para todos contra a covid-19, insistiremos no retorno do auxílio emergencial: uma espécie de vacina social para as pessoas terem um mínimo de sobrevivência – de preferência com mais doses de R$ 600,00 mensais até quando durar a maldita pandemia.
A luta faz a lei!
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes