O presidente do TST, Ives Gandra Martins Filho, anunciou na terça, 6 de fevereiro, a suspensão da sessão de avaliação da revisão da jurisprudência de mais de 50 pontos da CLT diante da reforma trabalhista.
A sessão estava marcada para esta terça-feira. Na prática, o ministro foi atropelado pelos outros colegas da casa. Ele está em final de mandato e queria enfiar goela abaixo da classe trabalhadora a revisão das súmulas trabalhistas.
A sessão foi adiada em função de questionamentos dos ministros, que consideram que há muitas controvérsias na nova legislação e que é preciso mais tempo para discutir a questão.
Nossa opinião
“Esta é uma vitória na luta de resistência do movimento sindical contra a reforma trabalhista que só traz prejuízos à classe trabalhadora. Vamos seguir firmes e determinados nesta posição, mobilizando os trabalhadores e chamando para as manifestações”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato e da CNTM.
Para Miguel Torres, a suspensão dessa audiência mostra que “nem tudo está perdido”.
Segundo ele, o questionamento dos ministros da Comissão de Jurisprudência sobre a constitucionalidade do novo artigo 702 da CLT foi uma demonstração de sensibilidade para esta questão, sobretudo diante das dificuldades impostas que reforma, que dificultou o acesso dos trabalhadores à Justiça. “Ainda há esperança”, reforçou.