Jaélcio Santana
Cerca de 3 mil manifestantes protestaram nesta terça-feira, 6 de agosto, em frente à Fiesp, na Avenida Paulista, em São Paulo, contra o Projeto de Lei 4330 que, se for aprovado, ampliará a terceirização e irá reduzir os direitos da classe trabalhadora.
O ato reuniu dirigentes da Força Sindical e de outras centrais, de diversas categorias profissionais, com expressiva participação de dirigentes de Sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP e presenças do presidente da Federação Cláudio Magrão e do diretor da CNTM Edison Venâncio.
As manifestações também acontecem em outros Estados e em Brasília, na porta da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e CNC (Confederação Nacional do Comércio).
Miguel Torres, presidente da CNTM e vice-presidente da Força, ressaltou mais esta demonstração de unidade do movimento sindical. “Estamos mobilizados contra o retrocesso que o projeto das terceirizações causará no País e nos preparando para uma série de outros protestos, para pressionar e fazer com que o governo federal negocie a nossa pauta trabalhista e social”, diz Miguel.
No dia 13 ocorrerão protestos nos postos do INSS contra o Fator Previdenciário e por aumento nos proventos dos aposentados. No dia 20, a mobilização será nos locais de trabalho pela jornada de 40 horas. E, se o governo não apresentar nenhuma proposta com relação às reivindicações dos trabalhadores, no dia 30 de agosto haverá um Dia Nacional de Paralisações.
Paulinho da Força, presidente da Força, disse que continua pressionando em Brasília para evitar que o Projeto de Lei 4330 seja aprovado do jeito que está. “Nosso objetivo é garantir os direitos”. Paulinho defendeu a inclusão da defesa do seguro-desemprego na pauta trabalhista, contra a tentativa do governo de diminuir o benefício.
Para Juruna, secretário-geral da central, com este projeto das terceirizações os trabalhadores perderão os direitos da Convenção Coletiva, a PLR e os benefícios sociais. “Vamos tentar mudá-lo”.
O encerramento do protesto contou com uma apresentação teatral, com os seguintes personagens: um trabalhador carregando uma cruz, a morte carregando a foice do PL 4330 e o empresário rindo à toa com os bolsos cheios de dinheiro (representando que o setor patronal só pensa no lucro).
Por Val Gomes
Assessor de Comunicação CNTM