Celebramos em 7 de outubro o Dia Mundial do Trabalho Decente, que segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é aquele “adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança e capaz de garantir uma vida digna”.
Para o Sindicato dos Metalúrgicos de Mococa e região, o Estado brasileiro e a classe empresarial não podem ficar alheios a este tema e devem colocar em prática uma agenda que garanta o Trabalho Decente à classe trabalhadora em todo o País.
Neste sentido, o presidente do Sindicato, Francisco Sales Gabriel Fernandes, o Chico do Sindicato, faz uma crítica ao neoliberalismo que vem sendo adotado há anos em vários países, inclusive no Brasil. “É um modelo político-econômico feito para manter os privilégios de uma minoria, excluir a maioria da população, destruir a força do movimento sindical e precarizar as relações entre patrões e empregados. É impossível haver Trabalho Decente em um sistema neoliberal”, diz Chico do Sindicato, também vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.
A Força Sindical, inclusive, soltou uma importante nota no dia 7 de outubro exigindo que o governo e os empregadores “desenvolvam políticas públicas e privadas destinadas a fortalecer a negociação coletiva, o diálogo social e a negociação tripartite como uma forma eficaz para a implementação imediata da agenda do Trabalho Decente, estabelecido pela OIT, e que tem sido uma constante reivindicação do movimento sindical e dos trabalhadores brasileiros”.
A central rejeita as políticas de ajustes e reformas trabalhistas, inclusive as medidas provisórias emergenciais que retiraram direitos, tornaram o trabalho precário e aprofundaram ainda mais a pobreza e as desigualdades sociais em nosso País.
Crise sanitária e pandemia – A Covid-19, além de evidenciar a fragilidade, as falhas e os graves problemas estruturais do neoliberalismo no Brasil e no mundo, tem causado desastrosos impactos econômicos e sociais, com números alarmantes de milhões de desempregados, queda acentuada do PIB e aumento da miséria em quase todos os países da América, do Caribe e de outros continentes.
Os governos, empregadores, trabalhadores e setores democráticos devem investir no diálogo, na negociação coletiva e na construção de um novo modelo de desenvolvimento mais justo e humano, que corresponda aos anseios da grande maioria da população.
“Isto só será possível com mais empregos, Trabalho Decente, salários dignos, respeito aos direitos, investimentos em Saúde e na Seguridade Social, sindicalismo forte e atuante e democracia em constante desenvolvimento, sem retrocessos”, diz Chico do Sindicato.
Por Val Gomes
*a foto que ilustra esta matéria é de arquivo e foi feita antes da pandemia