Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Trabalhadores entram em greve na Renault

Foto de Guilherme Ochika

Paralisação por tempo indeterminado foi decidida
em assembleia na manhã desta sexta-feira, dia 4

A exemplo dos 3,5 mil metalúrgicos da Volks-Audi, que entraram em greve ontem, os quatro mil trabalhadores da Renault-Nissan de São José dos Pinhais decidiram paralisar as atividades nesta sexta-feira (04/09). Contando com os terceirizados, o número de grevistas sobe para cinco mil Em assembléia hoje cedo, eles rejeitaram a proposta apresentada pela montadora: correção de 100% do INPC (estimada pelo Dieese em 4,7%) e abono de R$ 1,5 mil já em setembro. Os valores são inferiores ao da proposta anterior, já que a empresa retirou o 1% de aumento real que havia ficado pendente da negociação de 2008. A assembléia de terça decidiu que se a negociação não avançasse até ontem, poderia haver paralisação, o que de fato aconteceu.

Até o momento, ainda não há nenhuma nova rodada de negociação marcada entre SMC e empresa. Paralisados, os trabalhadores se reúnem novamente apenas na próxima terça-feira, dia 8, às 5h20, para uma nova assembléia em porta de fábrica. A expectativa é de que até lá, a Renault apresente uma proposta que atenda os anseios da categoria. Os metalúrgicos reivindicam 11% de reajuste salarial já em setembro, composto por aumento real, reposição de 100% do INPC e 1% da negociação fechada ano passado, além de um abono de R$ 2 mil, também nesse mês. “A Renault teve tempo suficiente para melhorar a proposta. Mas infelizmente, apresentou uma pior ainda. Os trabalhadores decidiram entrar em greve e assim devem permanecer até que a negociação avance”, afirma o presidente do SMC, Sérgio Butka.

Na fábrica de São José dos Pinhais são fabricados em média 780 veículos por dia, dos modelos Megane Sedan, Megane Grand Tour, Logan, Sandero, Máster e Sandero Step Way, além de Livina e Frontier, estas duas últimas da Nissan.     

Volks-Audi entra no segundo dia de paralisação

Os metalúrgicos da Volks-Audi entraram hoje no segundo dia de paralisação. Eles estão em greve desde ontem porque a empresa não apresentou nenhuma proposta de reajuste. Nesta sexta, às 14h, Sindicato e empresa se reúnem para uma nova rodada de negociação. Na próxima terça, dia 8, tem assembléia em porta de fábrica.

Passo a passo da Campanha Salarial

03 de agosto – SMC debate pauta de reivindicações em Seminário de Planejamento Estratégico

10 de agosto – Pauta de reivindicações é aprovada em assembléia na sede central do SMC

11 de agosto – Em assembléia em porta de fábrica, metalúrgicos da Volks-Audi, Renault e Volvo referendam pauta de reivindicações

18 de agosto – Definidas reuniões de negociação com o Sinfavea (sindicato patronal) para os dias 24 e 25 de agosto

24 de agosto –SMC e Sinfavea discutem calendário de negociações

25 de agosto – Assembléias em porta de fábrica decidem que negociações podem ser com Sinfavea, mas acordos tem que ser assinados por empresa

26 de agosto – Sinfavea aceita assinar acordos em separado

27 de agosto – Sem avanço nas negociações, SMC rompe com Sinfavea e começa a negociar empresa por empresa

31 de agosto – Em reunião com o SMC, Renault oferece R$ 1,5 mil de abono, 100% do INPC e 1% da data-base de 2008

1º de setembro – Assembléia na Renault rejeita proposta da empresa. Metalúrgicos dão prazo até 03/09 para negociação avançar

02 de setembro – Volks-Audi se reúne com o SMC, mas não apresenta nenhuma proposta de reajuste. Nova reunião é marcada para 04/09

03 de setembro – Em assembléia, metalúrgicos da Volks decidem não esperar reunião do dia 4 e entram em greve por tempo indeterminado

03 de setembro – Renault apresenta nova proposta: 100% do INPC e abono de R$ 1,5 mil em setembro

04 de setembro – Metalúrgicos da Renault rejeitam nova proposta da empresa e entram em greve

04 de setembro – Greve na Volks-Audi entra no segundo dia. SMC e empresa se reúnem às 14h para uma nova rodada de negociação.

Por Confraria da Notícia – Assessoria de Comunicação

Texto: Guilherme Ochika – Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba