Foto: Silvana Rust
Presidente João Paulo da Costa Cunha, presidente do Sindicato
Cerca de mil trabalhadores do Consórcio Integra se reuniram em assembleia, na noite desta segunda-feira (2), em Cajueiro, distrito de São João da Barra, para discutir a pauta de reivindicações do acordo coletivo de trabalho, com data-base em março.
Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, João Paulo da Costa, informou que a luta da categoria por melhores salários corre paralela à luta conta as 400 demissões anunciadas pelo consórcio na última semana.
Costa explicou que em dezembro passado o consórcio demitiu 200 trabalhadores. “Agora, o consórcio está anunciando a demissão de mais 400. A notícia foi dada por membros da diretoria em uma reunião na última sexta-feira”.
O sindicalista explicou que o consórcio é formado pela OSX e Mendes Junior – esta última denunciada na operação Lava Jato. “Todas essas empresas que prestam serviços à Petrobras estão proibidas de participar de novas licitações. Por isso, a estatal está contratando serviços de empresas de países como Singapura, China e Espanha. Isso significa que 300 mil trabalhadores correm o risco de perderem seus empregos”, esclareceu Costa.
Para amenizar o problema, o sindicato vai entrar na Justiça com uma ação de dissídio coletivo. “Estamos também tentando um acordo de ‘Lay Off’, que é a suspensão temporária do contrato de trabalho por um período de cinco meses. Com isso, o empregado recebe uma bolsa do governo federal e a empresa complementa o salário”, explicou o sindicalista.
Entre as reivindicações da categoria estão o reajuste de 20%, cesta básica de R$ 400 e reajuste de 20% da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR).
Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via tentou mas não conseguiu entrar em contato com o Consórcio Integra. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará versão da empresa para este fato.
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