Foto: Cláudio Omena
Com greve desde segunda e acampamento na empresa, os 770 funcionários das duas unidades da MTP em Guarulhos (Cumbica e Jardim São Roque) enfrentam calote no pagamento e ameaça de retirada de maquinário. Agora, a demissão de trabalhadores por telegrama aumentou a revolta dos metalúrgicos.
Motivos – A paralisação, iniciada dia 19 com apoio e coordenação do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, decorre da falta de pagamento salarial, suspensão do convênio médico, atraso na entrega do vale-transporte e fim do fornecimento de refeições. O Fundo de Garantia não é recolhido há meses.
Justiça – O advogado do Sindicato, Marcílio Penachioni, diz que vai recorrer à Justiça contra as demissões. “A empresa não pode tomar essa atitude, ainda mais por telegrama. A Lei de Greve impede contratações ou demissões no curso das greves”.
O dr. Marcílio informa: “O Sindicato também ingressará com dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho, para que a direção da MTP reveja as demissões”. Ele acrescenta: “No dissídio, vamos pedir arresto de bens (maquinário), e também a nulidade da venda do imóvel da fábrica do Jardim São Roque, que ocorreu há cerca de dois anos, por acreditar que essa transação cheira a fraude”.
Paralisação – O diretor José Carlos de Oliveira (Chorão), que é funcionário da fábrica, afirma: “Estamos acampados na porta da empresa, inclusive à noite. Nosso objetivo é impedir que máquinas sejam retiradas e a MTP venha alegar não ter condições de quitar dívidas ou de oferecer bens para eventual arresto”.
Mais informações – Diretor Chorão (97238.9083) ou 2463.5300 na sede, com jornalista Titico (97606.6269). Assessor de imprensa: João Franzin – MTb 12.865 (99617.3253 ou 3231.3453).
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