Em assembleia realizada no dia 28, na GM de São Caetano, pela direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, ficou decidido que a entidade comandará, na sexta-feira, dia 30, uma grande paralisação na empresa em defesa da pauta trabalhista apresentada pelas centrais sindicais ao governo Dilma e até agora sem qualquer resposta.
O objetivo é demonstrar que os trabalhadores não estão para brincadeiras. O que está em jogo neste momento é o futuro da classe trabalhadora. Uma série de ameaças ronda nossos direitos. A começar pelo projeto de lei 4.330 que, se aprovado, permitirá que as empresas terceirizem (passem para terceiros) toda a sua produção (atividades-fim), além dos serviços. O que significa a total precarização do trabalho no Brasil.
No dia 30/08, estarão mobilizados trabalhadores de todo o Brasil, das categorias mais diversas (químicos, metalúrgicos, bancários, têxteis, alimentação, etc.), contra esse projeto nefasto e em defesa das da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, pelo fim do Fator Previdenciário e de outras medidas.
Além disso, a paralisação do dia 30/08 servirá também para reforçar a nossa campanha salarial no setor automotivo que está em marcha. No caso da GM a empresa não quer pagar sequer o índice inflacionário, apesar da alta produtividade que tem alcançado durante todo este ano.
O que temos ouvido por parte da direção da empresa, é a tradicional choradeira quando sabemos bem que a realidade é outra. As montadoras (em particular, a GM) estão batendo recordes de produção. Ou melhor, os trabalhadores das montadoras estão produzindo como nunca. No entanto, na hora de negociar aumento salarial elas mudam de assunto, apresentam informações sem sentido para tentar justificar o não atendimento às justas e legítimas reivindicações dos trabalhadores.
Segundo o presidente do Sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, o momento é de mobilização, de luta, dada a gravidade da situação que os trabalhadores enfrentam. “O quadro que se apresenta para nós trabalhadores é seríssimo. Além da ameaça de mais precarização das relações de trabalho, caso ocorra a aprovação do projeto de lei 4.330, que tramita no Congresso Nacional, temos uma campanha salarial difícil em razão das empresas.
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