O Sindicato dos Trabalhadores do Vale do Sapucaí- MG (SINDVAS) iniciou na terça-feira (22) uma série de assembleias em todas as empresas de Santa Rita do Sapucaí para passar aos trabalhadores a contraproposta do sindicato patronal (Sindvel) e o pedido dos trabalhadores. Na última reunião, que ocorreu na segunda-feira (21), os representantes da patronal apresentaram a proposta final deles e que não chega nem perto do que os trabalhadores têm reivindicado.
O SINDVAS e os trabalhadores pedem que o valor do 1° piso (empresas com até 120 trabalhadores) passe de R$ 684,80 para 801,20 e a patronal oferece 754,48.
Para as empresas com mais de 120 trabalhadores, que é o 2° piso, a reivindicação dos trabalhadores é para que o valor tenha reajuste de R$ 749,00 para R$ 876,33, mas a patronal quer conceder R$ 800,38.
Para os trabalhadores que recebem acima do piso salarial o SINDVAS e os trabalhadores querem 10% de reajuste. “Eu não tenho autonomia para fechar menos de 10%” disse a presidente Maria Rosângela Lopes durante as assembleias. O percentual de 10% foi o mínimo aprovado pelos trabalhadores para se fechar a Convenção Coletiva de Trabalho.
A presidente do SINDVAS fez as assembleias, na última terça-feira (22), com os trabalhadores das empresas Mart Balança, Giga Stamp, Indusul, Indujer, Raltek, JSA, Comtac e SR prestadora de serviços. Nesses locais os trabalhadores rejeitaram a contraproposta da patronal (Sindvel). Porém dessas, algumas fecharam com a aprovação dos trabalhadores, em acordo separado do sindicato patronal, o reajuste reivindicado pela categoria de 10%. Isso demonstra que o pedido dos trabalhadores eé perfeitamente possível.
Na manhã desta quarta-feira (23), o SINDVAS realizou a assembleia na porta da fábrica da empresa Hitashi Kokusai Linear e mais uma reprovação dos trabalhadores aconteceu. Além disso, o Sindicato descobriu que a empresa está com turno de trabalho irregular. “Acabamos de saber que há trabalhadores que estão entrando às cinco horas da madrugada e às seis da manhã. Não há acordo com o sindicato, está irregular”, disse a presidente.
Os trabalhadores da Hitashi Kokusai Linear aprovaram a presença do SINDVAS, aplaudiram a assembleia e rejeição da contraproposta da patronal, porém alguns diretores e pessoas que estavam na assembleia ligaram para a Polícia Militar.
“Disseram que estávamos colando fogo na empresa” comentou Maria Rosângela Lopes depois de conversar com o policial que foi até a porta da empresa e verificou que a ligação era de uma denúncia infundada.
O SINDVAS continua com as assembleias durante toda esta semana e não está descartada a possibilidade de greve caso os trabalhadores das outras empresas também rejeitem a contraproposta da patronal e os empresários não avancem.
Por Daniele Peixoto
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