Os trabalhadores da multinacional fabricante de retrovisores Metagal, unidades Santa Rita do Sapucaí e Conceição dos Ouros-MG, aprovaram por unanimidade o estado de greve nas assembleias realizadas nesta terça-feira (24). O SINDVAS compareceu na empresa para tratar da PLR de 2016 e ouviu dos trabalhadores de que eles vão lutar por seus direitos.
A votação contou com três propostas: esquecer as negociações, ir para a justiça ou lutar pelo direito e sem hesitar os trabalhadores decidiram em decretar o estado de greve para garantir a PLR.
Contato
A empresa entrou em contato com o SINDVAS depois da primeira assembleia para agendar uma reunião. Esse encontro ficou marcado para a próxima terça-feira (31) e o que os trabalhadores querem é que a Metagal apresente propostas concretas nessa reunião.
Trabalhador, a Metagal quer te ver pelo retrovisor! Você aceita essa posição?
Não é de hoje que a multinacional Metagal tem pedido paciência para os trabalhadores das unidades de Santa Rita do Sapucaí e Conceição dos Ouros, mas a tática de “empurrar com a barriga” está chegando ao limite da calma.
Os trabalhadores querem saber: Afinal, cadê a PLR?
Estamos em janeiro de 2017 e até o momento não há sinalização pela Metagal sobre os valores e datas de pagamento referente à PLR de 2016. É bom lembrar também que em 2015 foi pago um abono e não PLR referente a 2015, ou seja, há dois anos não há o pagamento da participação nos lucros e resultados.
Nesse tempo os trabalhadores tiveram paciência: aceitaram redução de salários, ingresso no PPE do governo Federal e congelamento no valor da PLR em R$ 2.300,00, mas não é possível aceitar que a empresa se faça de invisível e não fale nada sobre o pagamento de 2016.
A desculpa é sempre de que a crise econômica afeta os negócios, que o caixa está no vermelho, que não tem dinheiro e por aí vai. Mas, aqui cabe uma observação que vem de um relatório da ONG Oxfam que revela “como as grandes empresas e os indivíduos mais ricos exacerbam as desigualdades ao explorar um sistema econômico desfalecente, sonegando impostos, reduzindo salários e aumentando os rendimentos para os acionistas”.
Hoje para o dono do capital é muito mais vantajoso investir o seu dinheiro no mercado financeiro, que no Brasil tem taxas de juros elevadíssimas, do que em outras áreas. O dinheiro “some” porque está aplicado em outro lugar.
O que não some são as necessidades do trabalhador que depositou seu esforço para o dono do capital e agora aguarda o pagamento. O trabalhador tem o direito de receber pelo seu esforço, isso não é crime. Isso é ser justo e moral.
Daniele Peixoto
Assessoria de Comunicação – Sindvas
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