Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Trabalhador que tiver redução de salário pagará menos por consignado

Pelo acordo entre Força e Febraban, prestações cairão na mesma proporção

Ronaldo D´Ercole

SÃO PAULO. A Força Sindical e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) assinam hoje um protocolo pelo qual os trabalhadores envolvidos em acordos de redução de jornada e salários poderão reescalonar os pagamentos de empréstimos consignados que tenham contratado anteriormente.

Proposto pela Força Sindical como forma de reduzir os impactos da crise na economia, o protocolo estabelece que, sempre que houver um acordo coletivo de redução de jornada e salários, as prestações do crédito consignado sejam reduzidas na mesma proporção e pelo prazo que durar o acordo.

Um trabalhador que tenha desconto mensal de R$ 500 para pagamento do consignado e cujo salário foi temporariamente reduzido em 20%, por exemplo, pagará R$ 400 mensais enquanto vigorar o acordo. No caso das suspensões temporárias dos contratos de trabalho, o empregado terá direito a suspender os pagamentos pelo mesmo período.

Os valores reduzidos das parcelas, ou suspensos, serão acrescidos nas parcelas restantes do contrato de financiamento.

Empresa terá que avisar ao banco onde deposita salários Só o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, filiado à Força, já fechou 24 acordos para redução de jornada e salários, em troca de estabilidade no emprego, envolvendo 16.300 trabalhadores. Os cortes nos salários variam de 10% a quase 20%.

Agora, toda vez que for firmado um acordo de suspensão de contrato ou redução de jornada, a empresa deverá enviar ao banco em que faz o pagamento de seus empregados informações sobre os descontos e prazos acertados com o sindicato.

O “Protocolo de Orientação para o Escalonamento de Pagamentos de Crédito Consignado” será oficialmente assinado na manhã de hoje na sede da Força Sindical, em São Paulo.

Em 2008, o volume total de crédito consignado concedido no Brasil foi de R$ 78,786 bilhões, o que representa alta de 21,8% em relação a 2007.