Foram 230 a favor e 263 contra. Faltaram, portanto, 27 votos. Com essa diferença, Temer não conseguiu aprovar a urgência na reforma trabalhista, que visa esfacelar o sindicalismo. A votação ocorreu na tarde desta terça (18). Agora, a matéria segue o trâmite das cinco sessões, antes de ir a plenário, abrindo-se também chances de pedido de vistas e emendas.
Razões – A Agência Sindical ouviu no início da noite Miguel Torres, que é vice da Força Sindical e preside a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM). Ele diz: “Os deputados já sentem a força da pressão popular e sindical em suas bases. Portanto, pensam duas vezes antes de aprovar medidas antipáticas”.
Para o dirigente metalúrgico, o governo não tem mais em mãos a carta da urgência. “Isso reequilibra o jogo e cria condições concretas para o diálogo. A tática de tratorar não deu certo, porque não é democrática”, comenta.
Greve – A derrota do governo, na reforma trabalhista, aquece os preparativos da greve geral do dia 28, avalia Miguel Torres, para quem as manifestações pró-greve crescem nas categorias e na base social.