Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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SP: metalúrgicos fecharam 24 acordos para evitar demissões

Seg, 16 de Fevereiro de 2009 23:38

Reduzir a jornada de trabalho e o salário para evitar demissões. Com essa saída polêmica para enfrentar a crise econômica, pois divide as centrais, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e de Mogi das Cruzes, filiado à Força Sindical, informou que chega a 24 o total de acordos formalizados entre trabalhadores e empresas.

Em todas os acordos, os trabalhadores concordaram com a redução da jornada de trabalho em 20%, com variações na diminuição do salário e do período de estabilidade. Cerca de 16,3 mil empregos, segundo o sindicato, foram preservados.

Só na semana passada, foram fechados mais seis acordos do gênero. Os metalúrgicos da MTU do Brasil vão ter um corte de 17% nos salários, sendo fixado um mínimo de R$ 1,5 mil, e estabilidade por três meses. Já na Parker Hannifin a redução é de 12% no salário e a estabilidade também é de 90 dias.

O corte salarial é de 10% na Multek Brasil, e a estabilidade, de 60 dias. Na Higval Indústria e Comércio, o salário ficará 16% menor, e a garantia temporária de emprego foi definida em 60 dias. Na Metalúrgica Mauser e na Combustol Metalpó, o salário será reduzido em 17% e os trabalhadores terão dois meses de estabilidade de dois meses.

De acordo com nota do sindicato divulgada na última sexta-feira (13), a estabilidade temporária foi contemplada em todos os acordos, por períodos variam de 45 a 180 dias. As empresas precisam comprovar as dificuldades e queda de produção, segundo o sindicato.

No comunicado, a entidade destaca ainda que “cada acordo resulta de um processo de negociações que conta com a participação de trabalhadores das empresas e uma equipe de advogados, técnicos, economistas do Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos] e diretores do sindicato”.