O Sindicato dos Trabalhadores do Vale da Eletrônica (SINDVAS) realizava mais uma assembleia, na manhã de sexta-feira, 25, para os trabalhadores da empresa Petcom, em Santa Rita do Sapucaí-MG, quando a Polícia Militar chegou para acompanhar o trabalho dos sindicalistas.
A realização de assembleias por empresa foi decidido na mesa de negociação na presença da comissão de negociadores da patronal (Sindvel) e os diretores do SINDVAS. Portanto, todos já tinham conhecimento que o Sindicato iria de empresa por empresa apresentar a contraproposta da patronal para votação, assim como tem sido colocado em aprovação o estado de greve.
Um trabalhador, que não é chão de fábrica, e sim com função mais alta, disse a um dos diretores do SINDVAS que “o sindicato já deveria ter ido à porta da empresa há muito tempo e que o diretor, que chamou a polícia, é insuportável tratando as pessoas como se fosse coronel”.
Trabalhadores de produção confirmaram que a empresa pratica salário baixo, além de tíquete alimentação de R$ 100 que é atrelado a nenhuma falta ou atraso. A presidente do SINDVAS, Maria Rosângela Lopes, informou às trabalhadores que atitudes como esta mostram que com o benefício “a empresa dá com uma mão e retira com as duas” contrariando a CLT (tolerância de 10 minutos desde que não seja contínua). Enquanto tudo isso ocorre, à empresa ostenta um prédio novo com belíssimas escadas e salas de diretoria.
Também houve assembleia na empresa Nitere, onde o Sindicato conversou com os trabalhadores, no pátio interno da empresa, sem polícia e com toda a liberdade sindical que prevê a lei brasileira.
A contraproposta da patronal foi rejeitada nas duas empresas e o estado de greve recebeu aprovação. O som que embalou as assembleias nesta manhã foi o barulho dos motores de caminhões de cargas que não paravam de entrar e sair das empresas.
Polícia
Esta é a segunda vez, nessa semana, em uma assembleia do SINDVAS em que a Polícia Militar é chamada por diretores e até por trabalhadores que, infelizmente, estão contra o próprio trabalhador de Santa Rita.
O primeiro caso ocorreu na empresa Hitachi Kokusai Linear, quando a PM foi informada que o sindicato estava colocando fogo na empresa. O policial chegou ao local e constatou que a denúncia era infundada a ponto dele comentar com a presidente do SINDVAS que se soubesse que era uma assembleia de trabalhadores teria atendido uma ocorrência grave que estava em espera.
No segundo caso, ocorrido nesta sexta-feira (25), a PM foi informada que o SINDVAS bloqueava os trabalhadores. Mais uma vez alegação infundada uma vez que própria mesa de negociação saiu decisão das assembleias por empresa para que os trabalhadores tomassem conhecimento das negociações em Santa Rita do Sapucaí.
Por Daniele Peixoto
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