Gleberson Jalles
Reginaldo de Faria
A alta do dólar é atualmente um tema recorrente do dia a dia, presente em noticiários e jornais. Mas nem sempre a forma como a variação do dólar impacta a vida do brasileiro comum fica evidente.
O dólar em apenas um ano teve alta de 30% e mesmo não sendo moeda corrente no Brasil, seu valor em reais possui um impacto direto na vida de todo consumidor brasileiro, desde as coisas mais simples até as mais complexas (produtos eletrônicos, derivados de petróleo etc.).
‘’No mercado de trabalho, o trabalhador que teve seu reajuste de salário mínimo em janeiro de R$ 1.045,00, representando $255,00 (em dólar), passa a ter um valor equivalente a $177,00. Ou seja, em quatro meses tivemos uma perda no poder de compra global enorme. Isto impacta no produtor que adquire sua matéria prima importada (como, por exemplo, as montadoras que têm 40% de suas peças fabricadas no exterior) e consequentemente no valor de revenda (valor mais caro de venda dentro do País)’’, explica Gleberson Jalles, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Anápolis, Goiás.
‘’Contudo”, continua Gleberson, “a valorização do dólar afeta, para o bem e para o mal, todos os setores da economia. Alguns se beneficiam, pois com o real desvalorizado torna os produtos nacionais mais competitivos para exportação’’.
Pelo desdobramentos políticos domésticos e pelo avanço do Covid-19 no Brasil a projeção é de nova deterioração na taxa de câmbio. Na avaliação do SindMetana, é preciso uma política forte com incentivos de médio e longo prazo para não gerar descontrole cambial.
“Estamos atentos às conjunturas políticas e econômicas do País, para bem informar a categoria e mobilizá-la nas ações sindicais”, finaliza Reginaldo de Faria, presidente do Sindicato.