Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Sindicatos disputam trabalhadores em RO

SÃO PAULO – Dois sindicatos, um ligado à Força Sindical e outro à Central Única dos Trabalhadores (CUT), disputam a representação dos trabalhadores da construção pesada na cidade de Porto Velho (RO), que só com as obras das usinas hidrelétricas do rio Madeira vão chegar a 25 mil. As obras estão sendo realizadas pelas construtoras Odebrecht e Camargo Corrêa.

 

Parte dos cerca de cinco mil trabalhadores que já estão na ativa, incentivados pelos sindicatos, reclamam de certas condições como salário baixo e jornada longa, falta de um plano de saúde e se ressentem até mesmo de condições de transporte mais adequadas. Odebrecht afirma que passou a oferecer um sistema de transporte fretado e com isso reduziu o tempo de locomoção.

 

A proximidade da renegociação do acordo coletivo dos trabalhadores da construção pesada faz com que essa disputa fique ainda mais acirrada. O acordo atualmente em vigor foi fechado em maio do ano passado, com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia , mas num período em que nenhuma das construtoras estava efetivamente contratando.

 

A pauta de reivindicações também vai chegar à usina de Jirau, ou seja, às mãos da Camargo Corrêa, segundo a CUT.

 

O empreendimento ainda não tem a licença ambiental definitiva necessária, mesmo assim já tem contratados dois mil trabalhadores e algumas irregularidades foram identificadas.

 

O sindicato diz que a empresa não estava cumprindo certas regras da convenção coletiva, mas que houve uma negociação. A Camargo não estaria pagando o mesmo piso da Odebrecht, que tem atualmente uma folha de R$ 3,5 milhões, enquanto a Camargo não repassou essa informação.