SÃO PAULO – A onda de protestos na França podem ter uma nova jornada na próxima semana, enquanto o governo tenta avançar no diálogo a respeito da reforma previdenciária no país. Ontem, os sindicatos franceses convocaram os trabalhadores para a realização de manifestações e de uma greve geral no dia 28 de outubro e de novos protestos no dia 6 de novembro contra a reforma do sistema previdenciário do país, que está sendo discutida no Senado.
Até agora, os sindicatos organizaram seis dias de protestos nacionais, quatro dos quais coincidiram com greves nacionais. As manifestações começaram como uma forma de protestar contra a reforma da previdência, mas com o passar dos dias parecem estar abrangendo outros temas que causam descontentamento na população.
Nos últimos dias, houve episódios de violência em algumas regiões do país e estudantes e manifestantes entraram em confronto com a polícia.
Na última quarta-feira, Sarkozy ordenou que a polícia retirasse os manifestantes que bloqueavam a entrada de depósitos de combustível em todo o país. Os grevistas interromperam a produção nas refinarias francesas e os bloqueios nos depósitos deixaram um terço dos postos de gasolina franceses sem combustível, enquanto os motoristas tentam desesperadamente encontrar o produto. Autoridades esperam normalizar a distribuição de combustíveis em até cinco dias.
O primeiro-ministro francês Francois Fillon e executivos de empresas petrolíferas vão se reunir hoje para discutir a produção e distribuição de derivados de petróleo na França, enquanto o país tenta superar a falta de combustíveis provocada pela greve contra a reforma previdenciária.
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