Os Sindicatos filiados à Força Sindical vão intensificar muito mais as mobilizações para as Campanhas Salariais do 2º semestre do que fazem todos os anos, quando negociam com os patrões a Convenção Coletiva. “Além do aumento real sobre os salários, os trabalhadores reivindicam a manutenção dos direitos que foram duramente conquistados pela classe trabalhadora”, diz Miguel Torres, presidente da Central e da CNTM.
Na Força Sindical estão envolvidas nesta Campanha Salarial em âmbito nacional 440 entidades, que representam 3.272.943 trabalhadores. No Estado de São Paulo são 195 entidades, que têm em suas bases 1.610.845 trabalhadores.
“A tendência é que os trabalhadores debatam os diversos temas que mereceram destaque nos últimos meses, como, por exemplo, alternativas para manter o emprego (PPE – Programa de Proteção ao Emprego), seguro-desemprego e abono salarial, entre outros”, observa João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
Costureiras – Com data-base em 1º de agosto, as costureiras realizam assembleias diárias. “Apesar da situação atual, temos de ser firmes e chamar o patronal para a discussão porque, se em tempos normais os empresários fazem de tudo para não reduzir seus lucros, imaginem em tempos de crise” afirma Eunice Cabral, presidenta do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco.
A categoria pleiteia 15% de reajuste, que corresponde à inflação mais aumento real. “Entramos em nossa Campanha Salarial com um grande desafio, e sabemos que não será fácil. Sentimos a inflação real quando vamos ao supermercado, quando pagamos as contas de água e luz”, declara.
As categorias que terão Campanha Salarial neste semestre serão dos trabalhadores da alimentação, do comércio, metalúrgicos, químicos, serviços (autônomos, hoteleiros e desenhistas, entre outros), rurais, têxtil e vestuário e transportes.