Valeu a mobilização da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e dos trabalhadores da Dedini, que desde as primeiras horas manhã de 21 de agosto permaneceram unidos em frente à Justiça Federal para monitorar o leilão de duas unidades Matriz e Vila Rezende, da Metalúrgica Dedini, realizado às 13h30.
Com dívidas que ultrapassam os R$ 200 milhões de reais, a Justiça Federal penhorou e levou à leilão dois prédios da Dedini: a Matriz, com valor estipulado em R$ 178,5 mi, localizada na rodovia SP-127; e o prédio da mecânica, localizada na Avenida Mário Dedini, no bairro da Vila Rezende, de R$ 24,6 mi.
Como não houve lance no primeiro leilão, realizado em março deste ano, a Justiça Federal novamente realizou o pregão com os valores reduzidos pela metade (50%).
O representante de um grupo econômico presente no pregão estava pronto para arrematar o prédio da Vila Rezende, no entanto, devido à pressão do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, desistiu momentaneamente do negócio.
Para José Florêncio, o Bahia, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, “a verdade é que a unidade da Vila Rezende só não foi vendida pela mobilização do Sindicato e dos trabalhadores, que se uniram”, destacou.
O grupo econômico interessado tem projeto para a construção de um condomínio de apartamentos de luxo, considerando a boa localização do imóvel.
Para João Carlos Ribeiro, o Jipe, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, “estamos lutando para salvar milhares de empregos. Já imaginou o impacto social e econômico caso o prédio fosse arrematado e os trabalhadores demitidos?”, ressaltou.