Mesmo diante das dificuldades econômicas que o país atravessa, particularmente o setor automotivo, a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul fechou nesta quarta-feira (24/06), na GM/São Caetano, acordo de Participação nos Lucros ou Resultados PLR) referente a 2015, com a primeira parcela no valor de R$ 6.000,00 a ser paga 8/07/15 aos seus 10.500 empregados.
Quanto às metas estas já foram negociadas, mas o resultado final vai depender em grande medida do desempenho, pela empresa, da produção e venda de veículos.
Neste momento a luta do Sindicato se dá em várias frentes, com destaque para a manutenção dos empregos. Cumpre lembrar que de 11/06 a 28/06/15 cerca de 5.500 trabalhadores da empresa permanecerão em férias coletivas. Além disso, outros 1.547 empregados estão com seus contratos de trabalho suspensos (sistema lay-off).
Ainda com relação à PLR o sindicato entende que neste momento difícil ela cumpre função primordial que possibilitará aos trabalhadores o acesso ao consumo e, consequentemente o aquecimento da economia.
Segundo Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente da entidade, abrir mão de direitos nem sempre é uma solução viável, bem como retroceder nas negociações que tradicionalmente o sindicato realiza. “Mesmo havendo dificuldades conseguimos fechar acordo de PLR deste ano junto à General Motors. Primeiramente porque não se pode abrir mão de direitos. Em segundo lugar, porque a primeira parcela no valor de R$ 6 mil, a ser a cada um do empregados da GM/São Caetano vai ao encontro das reivindicações dos trabalhadores e possibilitará um injeção de milhões de reais na economia local e nacional de modo a ajudar no aquecimento do consumo e na geração de novos empregos”, afirmou o sindicalista.
Cidão reconhece que as negociações da PLR foram extremamente difíceis, assim como as que virão em setembro por ocasião da data-base da categoria. “Óbvio que sempre foi difícil negociar, especialmente com as empresas demitindo trabalhadores, com a produção reduzida ou até mesmo parada, como é neste momento o caso da GM. Mas reivindicar e negociar são medidas importantes e desses direitos não abrimos mão”, destacou o presidente do sindicato.
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Por José Raimundo – Assessoria de Imprensa