O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Duque de Caxias, Carlos Fidalgo, acompanhado do deputado federal Áureo (Solidariedade), reuniu-se com o Secretário de Estado de Governo, Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz, para discutir as demissões em massa e fechamento de empresas metalúrgicas em Duque de Caxias e região.
Um dos motivos da diminuição de postos de trabalho são os protocolos de ICMS 44, 68 e 102, todos de 2013, que oneram as empresas destinatárias dos produtos com desperdícios e resíduos, inclusive a sucata, de metais.
Para incentivar a produção na Marcopolo Rio, por exemplo, o Sindicato conseguiu junto ao governo do estado a diminuição de impostos, através dos mesmos incentivos fiscais dados à empresa Newbus, em Três Rios.
No 1º semestre de 2014, o Sindicato dos Metalúrgicos de Duque de Caxias homologou 90 demissões na Alutech Alumínio e Tecnologia, de um total de 300 funcionários.
“A empresa alegou que perdeu clientes, a maioria localizados fora do estado do Rio, porque quem é de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Paraná não quer mais comprar com eles, já que passaram a arcar com o ICMS, acrescido do custo do transporte, que, nesses estados, passaram a ser responsabilidade do destinatário e não do produtor. Várias empresas estão saindo ou fechando as portas e temos que fazer o governo do estado rever essa regulamentação”, afirmou Carlos Fidalgo.
Para amenizar a crise na Alutech, o Sindicato mais uma vez contou com a ajuda do deputado federal Áureo e conseguiu junto a CEG negociar a religação dos fornos da empresa, enquanto tenta junto ao governo do estado a revisão dos protocolos que fazem o ICMS prejudicar a produção no setor.
Outra empresa que já procurou o Sindicato para informar que não tem mais condições de manter os 100 empregados é a Weatherford, que fabrica equipamentos para extração de petróleo em terra. Com todas as fichas sendo apostadas no pré sal e a crise na Petrobras, a Weatherford deve encerrar as atividades em fevereiro.
O Sindicato dos Metalúrgicos informa que as demissões, previstas para começar em janeiro, não ocorreram até agora e lembra que a Weatherford assumiu o compromisso com o Sindicato dos Trabalhadores de recontratar caso a produção volte a crescer.
Também muitos contratos de serviços de manutenção em unidades da Refinaria Duque de Caxias, que são fechados todos os anos, foram adiados e as empresas aguardam sinal verde para voltar a chamar mão de obra qualificada.
“Estamos tentando reverter esse quadro e procurando ajudar as empresas a buscar meios de enfrentar a crise. Nossa preocupação é manter os postos de trabalho”, arrematou Carlos Fidalgo.
Fonte: Rose Maria, da Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ
Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ