Expectativa é mobilizar 10 mil trabalhadores do setor para protestar contra a Reforma Trabalhista Diário de Suzano/SP
Miguel Torres diz que a Reforma Trabalhista é prejudicial. Foto: Gabriele Doro/ DS
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, quer mobilizar cerca de 10 mil trabalhadores do setor para protestar contra a Reforma Trabalhista aprovada no Congresso Nacional, em Brasília, e sancionada pelo presidente Michel Temer (PMDB). “A lei é um retrocesso. É preciso resistir à aplicação da lei”, disse Torres, que visitou na segunda-feira (18) a redação do DS.
Segundo ele, existe nacionalmente uma campanha de revogação da reforma. São necessários 1,6 milhão de assinaturas. Mas a expectativa é conseguir 6 milhões.
Ainda conforme ele, o Alto Tietê tem, atualmente, 10 mil trabalhadores metalúrgicos. São 160 mil somando com São Paulo. O número de empresas chega a 11,5 mil entre Mogi e São Paulo, sendo 10% desse número somente no Alto Tietê. “Em meio à crise, nos últimos três anos, perdemos 50 mil trabalhadores entre Mogi e São Paulo”, afirmou Torres.
Os setores de equipamentos e autopeças são os mais atingidos. Por tudo isso, os metalúrgicos estão se unindo a outras centrais sindicais na tentativa de barrar a aplicação da Lei da Reforma. São oito, no total, unidos com objetivo de impedir a eficácia das novas mudanças que, segundo o sindicato, vão trazer consequências negativas e perdas de direitos trabalhistas. “As formas de contratações serão prejudiciais”, completou.