11 set 2009
Notícias
Reuniões são abertas para a imprensa e ocorrem com a Volks-Audi às 14h e com a Renault às 15h
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) e representantes das montadoras se reúnem hoje (11/09) para uma audiência de conciliação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
O primeiro encontro ocorre com a Volkswagen-Audi, às 14h, e o segundo é com a Renault, às 15h.
O objetivo é buscar um caminho para o fim do impasse, já que depois da greve as empresas não apresentaram nenhuma nova proposta aos cerca de 8,5 mil trabalhadores.
A Volks está parada desde quinta da semana passada (03/09). Em sete dias de paralisação, a montadora alemã já deixou de fabricar 5.600 automóveis.
Já a Renault, cuja greve começou na sexta (04/09), o prejuízo em seis dias sem produção é de 4.680 veículos.
A audiência é aberta será realizada no plenário do Tribunal, que fica na sobreloja. O endereço é Rua Vicente Machado, nº 147, no centro de Curitiba.
Volvo
Após ver a rejeição de sua proposta em assembleia ontem e a paralisação das atividades por uma hora, a direção da Volvo se reúne hoje de manhã com o SMC para uma nova rodada de negociação.
A expectativa é de que a proposta avance e que os 2,6 mil trabalhadores sejam atendidos em suas reivindicações.
Fonte: Confraria da Notícia – Assessoria de Comunicação
Texto: Guilherme Ochika, jornalista/assessor de imprensa do Sindicato
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Matérias de hoje (Folha e Estadão) sobre o assunto: Campanha Salarial nas montadoras
Crescem as paralisações nas montadoras
No ABC, no interior de São Paulo e no Paraná metalúrgicos pararam produção para reivindicar aumento real nos salários
Sindicatos afirmam que setor está em recuperação e pode dar um reajuste acima da inflação; montadoras oferecem somente INPC
CLAUDIA ROLLI – DA REPORTAGEM LOCAL, FÁBIO AMATO – DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, DIMITRI DO VALLE – DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
As paralisações por aumento real nos salários se ampliaram ontem e atingiram ao menos 14 mil trabalhadores de três montadoras -Ford, Mercedes-Benz e Scania- e do setor de autopeças da região do ABC.
No interior de São Paulo, 8.000 funcionários da GM (General Motors), de São José dos Campos, fizeram greve por 24 horas por causa do impasse nas negociações salariais.
Em Taubaté, 7.200 operários da Volkswagen e da Ford estão em “estado de greve” e 2.000 metalúrgicos de autopeças aderiram ontem aos protestos na região. No Estado de São Paulo, são 220 mil metalúrgicos em campanha salarial.
No Paraná, funcionários da Volvo, em Curitiba, paralisaram as atividades da fábrica por uma hora. E cerca de 8.500 trabalhadores da Renault-Nissan e da Volkswagen-Audi permanecem em greve desde quinta-feira da semana passada.
No ABC paulista, metalúrgicos da Ford, da Mercedes-Benz e da Scania pararam entre as 6h e as 15h, primeiro turno de trabalho, para reivindicar aumento acima da inflação.
Houve uma passeata na avenida 31 de Março, nos arredores da Mercedes, em São Bernardo, e uma manifestação na portaria da Scania, onde se concentraram funcionários da montadora e da Karmanghia.
Hoje as paralisações atingem a Toyota, em São Bernardo, e autopeças de Diadema -Autometal, TRW e Delga.
As fabricantes de veículos do ABC confirmaram a paralisação parcial em suas fábricas e informaram que diversos setores da produção foram afetados. Na Scania, 12 caminhões deixaram de ser fabricados entre as 7h e as 9h, segundo representantes do sindicato na montadora. Por dia, são produzidas 43 unidades, em média.
A Ford afirmou que não era possível mensurar a perda na produção. A Mercedes-Benz também não divulgou os prejuízos. Por dia, são produzidos, em média, 220 veículos -60% são caminhões e 40%, ônibus.
“O mínimo que as montadoras podem fazer para retribuir os incentivos federais recebidos, como redução do IPI para automóveis e as linhas de crédito criadas especialmente para incrementar as vendas de caminhões, é conceder aumento acima da inflação para os trabalhadores”, disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (CUT).
Hoje, sindicalistas e representantes de montadoras e autopeças voltam a se reunir na tentativa de buscar um acordo salarial. “Pelo que vimos até agora estamos mais próximos de decretar uma greve por tempo indeterminado na próxima semana do que fechar um acordo. As montadoras só querem conceder o reajuste para repor a inflação [4,4% pelo INPC]”, afirmou Nobre. Amanhã, a categoria faz assembleia para decidir se para ou aceita uma possível proposta salarial.
No ano passado, os metalúrgicos do ABC receberam 3,6% de aumento, além de 7,5% para repor as perdas da inflação, e abono de R$ 1.450. Na região, o salário médio pago pelas montadoras é de R$ 4.800 e pelas autopeças, de R$ 3.500.
GM e Paraná
O Sindicato dos Metalúrgicos do São José (filiado à Conlutas) informou que cerca de 8.000 dos 8.300 funcionários da GM aderiram ontem à paralisação.
Os trabalhadores pedem reajuste de 14,65%, além de redução da jornada. Segundo o sindicato, o Sinfavea (reúne as montadoras) apresentou proposta que prevê a reposição da inflação, com índice ainda menor para os funcionários com salário acima de R$ 6.000.
A GM afirmou, por meio da assessoria, que a paralisação foi parcial e que as negociações com o sindicato prosseguem.
Na Volvo, os trabalhadores deram prazo até hoje para que a empresa atenda às reivindicações. Se não houver entendimento, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba vai propor greve dos 2.600 empregados da montadora por tempo indeterminado.
Eles pedem reajuste de 10% e abono de R$ 2.000. A empresa ofereceu 4,44% e R$ 1.500 de abono. Na Renault-Nissan e na Volkswagen-Audi, o sindicato marcou assembleia para a próxima segunda-feira e aguarda nova proposta salarial. Em oito dias de paralisação, as duas montadoras deixaram de produzir cerca de 8.600 veículos.
Greve já afeta Volks e Renault
Montadoras teriam deixado de produzir 7.040 veículos até ontem
Marcelo Rehder
A greve dos metalúrgicos já traz prejuízos para as fábricas da Volkswagen-Audi e Renault-Nissan em São José dos Pinhais, no Paraná. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, até ontem as duas montadoras, juntas, deixaram de produzir 7.040 veículos.
Em campanha salarial, os cerca de 8,5 mil metalúrgicos da Volks-Audi e Renault-Nissan decidiram cruzar os braços na semana passada, porque as montadoras não apresentaram nenhuma proposta de aumento real de salário, além da reposição das perdas com a inflação. A data-base da categoria é 1º de setembro.
Com a produção parada desde o início da tarde de quinta-feira, a Volks já deixou de fabricar 3.920 automóveis, dizem os sindicalistas. A produção média diária na fábrica é de 840 carros dos modelos Fox, Crossfox e Golf. Desse total, cerca de 80% é comercializado no mercado interno. Os 20% restantes são exportados para Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Estados Unidos, Canadá e Alemanha.
Já a Renault, cuja paralisação começou na sexta-feira e manhã, já deixou de fazer 3.120 carros, segundo o sindicato dos metalúrgicos. São produzidos na fábrica em média 780 automóveis por dia, dos modelos Mégane Sedan, Mégane Grand Tour, Logan, Sandero Master e Sandero Step Way. Também são produzidos o Livina e a picape Frontier, ambos no âmbito da parceria Renault-Nissan. Cerca de 80% desses veículos são destinados ao mercado interno e os 20% restantes são exportados para Argentina e México.
O prejuízo pode aumentar ainda mais. Ontem, os trabalhadores mantiveram a greve por tempo indeterminado, já que nem Volks nem Renault apresentaram nova proposta de reajuste.
Os metalúrgicos da Volks-Audi reivindicam 10% de reajuste, o que inclui aumento real além da reposição da inflação. Além disso, exigem um abono de R$ 2 mil. Na Renault, a reivindicação é a mesma, acrescida de 1% de aumento que ficou pendente da negociação de 2008.
Segundo o sindicato, a produção vinha em alta tanto na Volks-Audi como na Renault. A Volks comprou todos os sábados dos trabalhadores até novembro. Na Renault, foram feitas 600 contratações em agosto.
ABC
Em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, os sindicalistas prometem parar hoje o primeiro turno da Mercedes-Benz, Scania, Ford, Rassini, Mahle Metal Leve e Karmanghia.
As paralisações integram a semana de mobilização organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para pressionar as montadoras e autopeças a atender às reivindicações da campanha salarial. A categoria exige aumento real de salário, em índice a ser definido na mesa de negociações.
Na sexta-feira, cerca de 5 mil metalúrgicos, reunidos em assembleia, rejeitaram por unanimidade a proposta salarial das montadoras e das autopeças de repor apenas a inflação do período sem aumento real.
Em rodada de negociação realizada ontem, as montadoras não apresentaram nova proposta. Está prevista nova rodada amanhã. No sábado, haverá assembleia-geral decisiva na sede do sindicato.
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