Fundado em 30 de abril de 1963, o Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região completa 57 anos nesta quinta, 30 de abril. Todo ano, por ocasião da data, a entidade realiza evento na sede e homenageia sócios antigos. Porém, devido à pandemia do coronavírus, neste ano não haverá solenidade.
Até a fundação, Guarulhos integrava o Sindicato da Capital. A autonomia ocorreu em função do rápido crescimento da cidade, com a instalação de fábricas e expansão do parque industrial, que chegou a empregar, diretamente, 90 mil metalúrgicos.
A Carta Sindical foi concedida no governo de João Goulart e traz assinatura de Almino Afonso, então ministro do Trabalho. Jango dá nome ao auditório na sede da entidade. Um ano após a fundação, o Sindicato de Guarulhos sofreu intervenção pela ditadura. “Policiais vasculharam tudo e diziam estar à procura de armas”, relembra Edmilson Felipe Nery, fundador da entidade e seu presidente de 1978 a 1987. Era só pretexto pra forçar a intervenção, uma vez que parte da diretoria tinha ligações com o Partido Comunista Brasileiro – PCB.
Filiado à Força Sindical, o Sindicato tem forte atuação na base e também nas lutas sociais. “Procuramos praticar o sindicalismo-cidadão, por entender que o trabalhador tem direito a vida digna e cidadania plena”, afirma José Pereira dos Santos, atual presidente.
O vice Josinaldo José de Barros (Cabeça) comenta: “A atual fase é a pior para a classe trabalhadora brasileira. Além da recessão prolongada, sofremos ataques constantes do governo e do Congresso. Mas a categoria metalúrgica é forte e tem a consciência forjada na luta”.
Patrimônio – A grande preocupação da diretoria “União e Ação”, hoje, é com o emprego dos trabalhadores. O Sindicato negocia com as empresas, firma acordos e tenta por todos os meios legais preservar os postos de trabalho.