Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Volta Redonda/RJ (Sul Fluminense)

Sindicato do Sul Fluminense celebra 25 anos da greve de 1988

O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense realizou na terça-feira, 12 de novembro, um ato para celebrar os 25 anos de greve de 1988 na CSN, com várias homenagens a personagens que muito contribuíram na época.

A cerimônia foi coordenada pela diretora de Mulheres do Sindicato, Maria da Conceição Santos, e apresentada pelo diretor de Comunicação Bartolomeu Citeli e pelo ativista popular Adel Carlos Olímpio.

Duas homenagens tiveram destaque especial. Uma foi para o arquiteto Oscar Niemeyer, idealizador do Memorial Nove de Novembro. Ele foi representado por seu bisneto, o também arquiteto Paulo Sérgio Niemeyer. A outra foi para o bispo emérito Dom Waldyr Calheiros, representado pelo bispo da Diocese Barra do Piraí-Volta Redonda, Dom Francisco Biasin. Ambos receberam uma escultura criada pela artista plástica Valmira Correia Bastos, exclusivamente para comemorar os 25 anos da greve de 1988.

O evento aconteceu na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília, e chamou a atenção dos jovens trabalhadores que paravam para apreciar a exposição e ouvir os discursos daqueles que viveram esse momento tão importante da história da classe trabalhadora e da cidade de Volta Redonda.

Também fez parte da celebração um ato religioso, com a presença de representantes de várias religiões que pronunciaram suas palavras de força e fé, não apenas sobre o ocorrido há 25 anos, mas para manter viva a memória daqueles que perderam suas vidas naquela data.

Durante o ato, foram homenageados ainda sindicalistas e representantes dos movimentos populares, entre eles, o diretor do sindicato, Bartolomeu Citelli, que afirmou que a morte dos operários: William, Valmir e Barroso, foi um ato de covardia por parte daqueles que deram a ordem para matar.

Também prestou homenagem a poetiza Leonor Vieira-Motta, através da poesia Greve!, que emocionou os presentes. Outro momento emocionante foi a tradicional “chamada” aos nomes dos trabalhadores assassinados na greve, quando o público responde “presente”, para mostrar que nunca serão esquecidos. Este ano, além do nome de Juarez Antunes, tivemos um nome a mais sendo chamado, a de Oscar Niemeyer, falecido em dezembro do ano passado.

Ao final, dirigentes do Sindicato confirmaram o projeto do Centro de Memória Sindical e Popular de Volta Redonda que receberá o nome de dom Waldyr Calheiros, e deverá ser erguido na Praça Juarez Antunes. A ideia é que o projeto seja feito pelo arquiteto Paulo Sergio, bisneto do Oscar Niemeyer, que foi um grande revolucionário na vida pessoal e na sua profissão.

O evento foi encerrado com a fala de Silvio Campos, vice-presidente do Sindicato, que reafirmou a importância de resgatar a memória das lutas dos trabalhadores e da população que se confunde com a história da própria cidade.
“É fundamental que Volta Redonda nunca deixe de celebrar esta data que precisa ser lembrada como referência de luta e união entre trabalhadores e população”.

Por ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
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