Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Sindicato denuncia Bekum ao Consulado da Alemanha


Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Foto de Jaélcio Santana.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, com o apoio da Força Sindical, realizou na segunda-feira, dia 9 de março, às 11h, manifestação em frente ao Consulado da Alemanha (Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.092), para denunciar a multinacional alemã Bekum do Brasil, que demitiu 60 dos seus 84 funcionários, inviabilizou a produção e não pagou as verbas rescisórias.

Além da participação dos trabalhadores da Bekum, e de seus familiares, foi um protesto político pacífico e bem humorado, com música e personagens típicos alemães e uma “salsichada”.

Miguel Torres, presidente do Sindicato, foi recebido pelo cônsul para assuntos políticos e de imprensa Nico Geide e entregou a ele um documento denunciando a atitude da empresa de demitir sem procurar o Sindicato para discutir alternativas. “O cônsul disse que encaminhará ao Ministério do Trabalho da Alemanha as informações sobre a situação dos trabalhadores da Bekum aqui no Brasil”, afirmou Miguel Torres.

A Força Sindical e o Sindicato já haviam encaminhado na semana passada um documento ao IG Metall (Sindicato dos Metalúrgicos da Alemanha), pedindo o apoio desta entidade sindical para pressionar a matriz da empresa na Alemanha a buscar uma solução favorável aos trabalhadores.

“Os trabalhadores foram demitidos no dia 20 de fevereiro e estão sem nenhuma expectativa de receberem os direitos trabalhistas previstos pela legislação. Nós queremos a readmissão dos trabalhadores”, afirma Miguel Torres.

A empresa entrou com pedido de recuperação judicial e diante da falta de um entendimento na audiência realizada no dia 3 de março no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os trabalhadores decidiram acampar na fábrica. Ainda nesta semana haverá uma nova audiência no TRT.

Após a manifestação no Consulado, os trabalhadores voltaram para a fábrica, onde continuam acampandos em regime de revezamento.

“Se a Bekum do Brasil não atender o Sindicato e os trabalhadores, o próximo passo será acampar em frente à casa do diretor da empresa”, informou Edson Passos, diretor do Sindicato.

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