Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Suzano/SP

Sindicato de Suzano enfrenta crise e defende emprego dos trabalhadores

O Sindicato dos Metalúrgicos de Suzano está trabalhando para garantir o emprego dos trabalhadores mesmo diante da crise econômica que afeta o Brasil. O presidente Pedro Benites e a diretoria estão mantendo contato com as principais empresas da cidade e propondo medidas dentro da lei que preservem as vagas e evitem cortes. Os resultados têm sido positivos e o objetivo do Sindicato é manter este trabalho, sempre estando ao lado dos trabalhadores.

“Quando a crise se agrava, como acontece atualmente, a economia esfria e as empresas logo pensam em fazer cortes. Este é um erro que só agrava a situação e provoca uma reação negativa em cadeia. Estamos conversando com as empresas e usando as alternativas que a legislação garante, como, por exemplo, Banco de Horas e férias coletivas, para garantir que os trabalhadores não sejam desligados e aguardar até que a economia se aqueça novamente”, explica Benites.

Este trabalho já foi realizado em empresas como a Komatsu, a Uliana e a Niken, todas de Suzano e que respondem por uma parcela significativa da produção e da mão-de-obra empregada. Na Niken, os trabalhadores tiraram Banco de Horas e aqueles que tinham férias vencidas estão em casa, descansando. Na Komatsu, os trabalhadores aprovaram o Banco de Horas e na Uliana foi realizada uma assembléia e uma reunião com os representantes da empresa, na qual o Sindicato expôs a situação e solicitou garantia dos direitos dos funcionários.

O presidente Pedro Benites lembra que demissões infelizmente estão ocorrendo, mas o trabalho do Sindicato tem sido responsável por centenas de vagas que foram mantidas: “Demitir um funcionário é péssimo para a categoria e ruim também para a própria empresa, que arca com os custos da dispensa. Estamos recorrendo a todos os meios legais para manter os trabalhadores empregados, afinal é nas horas mais difíceis que o Sindicato precisa estar ao lado de sua categoria”, diz. A atuação do Sindicato repercutiu em toda a região do Alto Tietê e foi tema de reportagens nos jornais e nas emissoras de televisão locais.

Ele prossegue lembrando que este esforço precisa ser acompanhado de medidas efetivas tomadas pelo Governo Federal, como incentivo à produção e principalmente o fim de propostas que retiram direitos dos trabalhadores. Benites cita o aumento do período mínimo para pagamento do seguro-desemprego como uma medida que atingiu os trabalhadores de forma mais cruel, e agora a idéia do Governo Federal de propor a redução dos salários para garantir a manutenção das vagas: “Nada disso funciona, pelo contrário, apenas agrava o problema. O Governo está virando as costas para os trabalhadores, quando deveria trabalhar para fazer a economia se aquecer novamente, estimulando a produção”, finaliza.


Marco Aurélio Sobreiro
Assessor de Imprensa