Depois de várias negociações, o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí e região conseguiu assegurar aos companheiros na ThyssenKrupp, em Campo Limpo Paulista (SP) alguns avanços em relação à aplicação do aumento definido durante a campanha salarial deste ano. A proposta foi colocada para apreciação dos trabalhadores em assembleias realizadas com os diferentes turnos, e aprovada.
O diretor do Sindicato Luís Carlos de Oliveira, o Lu, lembrou que, durante a campanha, os trabalhadores aprovaram, em assembleia, o formato da convenção coletiva, definindo a aplicação da correção da inflação em janeiro, o aumento real em março e ainda mais dois abonos, em dezembro e janeiro. “Mas aquela mesma assembleia deliberou que o Sindicato buscasse junto às empresas melhorar as condições de aplicação dessa convenção. E é o que temos feito desde então, buscando negociar com as empresas e conseguir a melhor alternativa para o trabalhador”, assinalou.
Dessa forma, os companheiros na ThyssenKrupp terão o aumento de 8% aplicado de uma só vez, em janeiro. O abono de 19% será pago em uma única parcela, até o dia 5 de dezembro. O teto de aplicação do aumento subiu para R$ 9.008,00. Já a PLR será paga em 31 de janeiro, também com a correção integral dos 8%.
Lu também destacou que a elevação do teto de aplicação do aumento beneficiou especialmente os trabalhadores em funções diferenciadas. “O teto estabelecido inicialmente na convenção, de R$ 7.284, contemplava praticamente 90% do chão de fábrica, mas excluía os companheiros de categorias diferenciadas, que, mesmo atuando dentro de uma metalúrgica, têm sindicatos exclusivos. Mas sentimos que temos uma obrigação moral de lutar também por eles e, agora, com o avanço no teto, também serão contemplados com o mesmo aumento que os demais trabalhadores na ThyssenKrupp”, afirmou.
O presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa, destacou que o que mais valeu nessa campanha salarial foi a inteligência dos trabalhadores ao aceitar a proposta de convenção e outorgar ao Sindicato que buscasse melhorar o acordo, especialmente quanto aos prazos de aplicação. “Além disso, não podemos esquecer a importância da mobilização dos trabalhadores, que no momento mais travado das negociações, promoveram paralisações de uma, duas horas, suspendendo a produção, o que ajudou para que as bancadas patronais, mesmo a contragosto, melhorassem a proposta. Esse envolvimento da categoria foi fundamental”, salientou.