Para que a história não se repita e para que ninguém esqueça, em 29 de março o Sindicato vai embarcar na “Corrida por Manoel” e convida os companheiros para fazer parte desta caminhada, com largada às 8h do local onde ficava a Lonaflex, no número 896 da Av dos Autonomistas, em Osasco.
Em Osasco, em parceria com o Sindicato, a ação vai refazer os passos das mobilizações que ocorreram nas fábricas de Osasco em 1968, as quais contribuíram para que a Greve de Osasco se tornasse exemplo nacional de resistência à ditadura militar.
A ação faz parte de um projeto criado pelo jornalista e maratonista Rodolfo Lucena que envolve 40 corridas temáticas, cada uma buscando um destino ligado à vida e à morte do metalúrgico Manoel Fiel Filho, assim como à luta pela democracia no País.
Manoel Filho foi preso injustamente, em 16 de janeiro de 1976, e levado para o DOI (Destacamento de Operações de Informações) do 2º Exército, onde foi torturado e enforcado no dia seguinte. Por muitos anos seu assassinato foi encoberto como um suposto suicídio. Mas no ano passado, quase 40 anos depois de sua morte, o Ministério Público Federal denunciou por homicídio triplamente qualificado e falsidade ideológica sete agentes da ditadura, em um processo que ainda aguarda decisão da Justiça.
Manoel ainda está injustiçado. Era um trabalhador como qualquer um de nós. Teve sua vida interrompida, e isso não pode ser esquecido. Por isso o Sindicato convoca todos para participar da ação, em 29 de março, numa terça-feira, às 8h, em frente ao número 896 da Av dos Autonomistas, em Osasco. O esquenta da “Corrida por Manoel” em Osasco aconteceu na terça-feira, 15, quando o diretor Marcos Roca, o líder sindical Wilson Costa e a jornalista Cristiane Alves receberam Lucena numa das entradas de Osasco, no Viaduto Único Gallafrio, em Presidente Altino.