Portal Vermelho
18 de Setembro de 2012 – 18h58
Foram presos na manhã desta terça-feira (18), o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, atual presidente da Força Sindical, e o secretário-geral da central, João Carlos Gonçalves, o Juruna, juntamente com outro dirigente e uma assessora. A motivação? Segundo relatos dos sindicalistas, foi pura falta de preparo dos policiais militares que passaram por cima da liberdade de expressão do trabalhador e cidadão. Confira entrevista à Rádio Vermelho.
“Foi um total despreparo dos policiais para enfrentar uma situação como essa. Fomos detidos, levados a uma delegacia, onde ficamos durante quatro horas para aguardar a lavratura do boletim de ocorrência. Não era greve, até os empresários das metalúrgicas estavam com a gente na rua, juntos”, declarou ao Vermelho Miguel Torres, presidente em exercício da Foça Sindical, logo que deixou o 31º Distrito Policial, no Carrão, Zona Leste.
O fato ocorreu por volta das 7h45, na Rua Cadiriri, na mooca, onde ficam as metalúrgicas Ferrolene e Aratell. Antes disso, por volta das 6 horas, os sindicalistas chegaram ao endereço para promover mais uma assembleia da campanha salarial dos metalúrgicos da capital.
“Não estávamos obstruindo a via, como ficou registrado no boletim de ocorrência”, declarou Juruna em entrevista à Rádio Vermelho sobre o assunto, referindo-se ao boletim de ocorrência registrado no 31º por “desobediência”.
Também foram detidos o dirigente David Martins de Carvalho, o motorista do caminhão de som,
O presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes também comentou o fato, lembrando que os policiais atentaram contra o direito de expressão. A CTB e outras centrais promete emitir nota e procurar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para agendar reunião para esclarecer o fato.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi procurada mas não retornou´. Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o Vermelho teve acesso, o PM que conduziu os dirigentes foi Ricardo dos Santos Figueira, que figura como parte, e Cassio Vieira Batista, 35 anos, que figura como testemunha.
Deborah Moreira
Da redação
foto: Sindicato dos Metalúrgicos de S. Paulo