O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira, chamou de “política a conta-gotas” a redução da taxa básica de juros (Selic) feita pelo Banco Central entre agosto de 2011 e esta quarta-feira, quando reduziu em mais 0,25 ponto percentual a taxa, para 7,25% ao ano. Para ele, a demora mostra “um governo conservador, embora faça um discurso de que está se empenhando para estimular o crescimento da economia”.
Para Paulinho, o governo precisa agir com mais rapidez e reduzir os juros ainda mais para facilitar o crescimento da economia e reduzir a dívida pública, além de estimular a produção industrial que se encontra estagnada, aumentar o consumo e gerar empregos de qualidade.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), avaliou positivamente o corte para 7,25% ao ano, embora tenha ressaltado, em nota, que a queda dos juros básicos deve ser refletida nas taxas praticadas pelos bancos.
“As reduções alardeadas pelas instituições têm sido insuficientes para expandir e baratear o crédito para pessoas físicas e jurídicas”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “Os bancos, sobretudo os privados, continuam ganhando muito e emprestando pouco. É preciso inverter essa lógica.”