Alexsander Wilson Gonçalves
Dirigentes de Sindicatos, Federações e Confederações associados da Força Sindical estão no Senado Federal, em Brasília, para sensibilizar os senadores a dizer não às Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, baixadas na calada da noite pela presidenta Dilma, que prejudicam os trabalhadores. Se não forem votadas nesta semana, as medidas perderão a validade, que vai até 1º de junho.
As medidas estabelecem uma série de alterações nas regras para o recebimento do seguro-desemprego, do abono salarial e do seguro-defeso, no caso da 665. Já na 664 as limitações são na pensão por morte, no auxíliodoença e no auxílio-reclusão. “Todas as regras são lesivas aos interesses dos trabalhadores e dos pensionistas”, declara Miguel Torres, presidente da Força Sindical e da CNTM.
“Nossa mobilização já resultou em importantes avanços e vitórias. Por isto, é importante continuarmos mobilizados para que os senadores derrotem as medidas do chamado ‘Pacote de Maldades’ da presidenta Dilma”, diz.
“Unidos e mobilizados teremos força para lutar com o objetivo de manter e ampliar os direitos trabalhistas e sociais dos trabalhadores, e mostrar para a sociedade que não aceitamos, sob nenhum pretexto, servir de boi de piranha para que o governo siga manipulando e encobrindo sua própria culpa e seus desmandos”, declara Miguel.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, deputado federal do Solidariedade-SP, observa que “mesmo abrandando os artigos que cortam o seguro-desemprego, o seguro-defeso dos pescadores e o abono do PIS, uma das medidas provisórias foi aprovada por pequena margem na Câmara dos Deputados. Agora, no Senado, alguns senadores do governo se rebelaram, e os que permaneceram fiéis conseguiram suspender a votação na semana passada. Portanto, é preciso intensificar a mobilização nesta semana”.