As centrais sindicais vão intensificar a luta pela revogação das Medidas Provisórias nºs 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio reclusão. No próximo dia 2 de março, segunda-feira, serão realizados atos em frente às Superintendências Regionais do Trabalho e do Emprego nos Estados.
“Nesta data também começam a valer as novas regras do seguro-desemprego que limitam o acesso dos trabalhadores ao benefício justamente quando começa a aumentar o número de demissões, por exemplo, no setor de serviços, um fato bastante preocupante”, declara Miguel Torres, presidente da CNTM e da Força Sindical.
A Força realizou fez nesta segunda-feira, 23 de fevereiro, uma reunião de organização dos atos em âmbito nacional, com participação dos presidentes da Força Sindical dos estados. “Vamos conversar com os trabalhadores que vão dar entrada no seguro-desemprego nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego”, afirma Miguel.
Para o presidente da Força Sindical e da CNTM, as MPS são apenas a ponta do iceberg. “ Se deixarmos passar, outras medidas que estão sendo arquitetadas virão”, alertou Miguel, explicando o empenho da central pela revogação das 664 e 665.
Na reunião, foi divulgado um calendário de ações contra as medidas provisórias que serão realizadas pelas centrais sindicais. Miguel Torres e João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, reafirmaram a decisão das centrais de lutarem unidas contra as MPs, de mobilizar os trabalhadores nas bases e de sensibilizar os parlamentares no Congresso Nacional e nos Estados.
No dia 23 de março serão feitas manifestações nos estados. Nos dias 24,25 e 26, os sindicalistas vão para Brasília para tentar sensibilizar deputados e senadores. Será realizada também uma 9ª Marcha em Brasília, provavelmente no dia 9 de abril.