O movimento sindical reagiu com críticas à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anunciou quarta (11) redução de apenas 0,75% na taxa básica de juros – que passou a ser de 13% ao ano. A pequena queda mantém o Brasil no topo do ranking dos juros altos.
Em nota, a Força Sindical lamentou que o Copom tenha acertado no remédio ao reduzir a taxa de juros, mas tenha errado na dose. “Manter a Selic em patamar elevado prejudica o setor produtivo e os trabalhadores, pois o desemprego aumenta”, diz o texto. Para o presidente da Central, Paulo Pereira da Silva, “a redução é positiva, mas insuficiente”.
UGT – O presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, denunciou que o “corte tímido da taxa Selic mostra que governo continua privilegiando o capital especulativo”.
CTB – Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo, a “redução não sinaliza saída da recessão”. “Mesmo com a inflação em queda, os juros reais ainda são os mais altos do mundo. Não haverá alívio”, observa.
CSB – Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), diz que o “corte de 0,75 ponto na taxa de juros é passo importante, mas é preciso reduzir mais”.
CNTM – O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Miguel Torres, vice-presidente da Força Sindical, afirma que este “corte da taxa Selic não ajuda a economia nem estimula os investimentos e a geração de empregos tão necessários para o País”.
Para ele, a recessão exige um corte drástico nos juros e parece que nem a queda da inflação, embora provocada pela recessão, levou o governo federal a tomar uma atitude de coragem e fazer um corte substancial nos juros.