MADRI, 11 Fev (Reuters) – Os principais sindicatos da Espanha convocaram no sábado manifestações em todos o país para 19 de fevereiro contra uma reforma trabalhista, embora não tenham decidido por uma greve geral apesar de considerarem as medidas do governo muito duras.
A Espanha cortou na sexta-feira as indenizações por demissões injustificadas e reduziu os diretos de negociações coletivas, dando mais incentivos aos empregadores enquanto tenta reativar seu combalido mercado de trabalho e aliviar uma das maiores taxas de desemprego da Europa.
O governo de centro-direito disse que irá abolir os contratos que permitem pacotes de demissão injustificada com 45 dias de pagamento por cada ano trabalhado, uma reclamação comum vista nos tribunais do país sobre casos de direitos trabalhistas.
Em lugar disso, os empregadores que despedirem seu pessoal deverão oferecer 33 dias de salário por ano trabalhado, ou 20 dias se a empresa enfrenta perdas por um período prolongado.
Os sindicatos disseram que promoverão manifestações de forma crescente para tentar fazer com o que o governo mude o projeto durante seu trâmite no Parlamento.
(Reportagem de Feliciano Tisera e Andrés González)