Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Jaqueline Luz

Na tarde de terça-feira, dia 30 de outubro, diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) participaram de uma reunião com o Ministro do Trabalho, Brizola Neto, no seu gabinete em Brasília. Os sindicalistas cobraram melhor assistência do Ministério para o desempenho de suas atividades.

A principal discussão foi a respeito da criação de uma Gerência Regional do Trabalho em Catalão. Devido ao grande crescimento econômico da cidade, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/GO) já fala em transformar a Agência Regional do Trabalho em uma Gerência, como já existe na cidade de Anápolis. A Superintendência também solicita a criação de uma Gerência em Rio Verde.

Porém, segundo o Ministro do Trabalho, Brizola Neto, não tem verba disponível para fazer essa mudança. O Ministério do Planejamento quem libera a autorização para as verbas, e, no momento, não tem recursos suficientes para fazer esse investimento.

Uma Agência Regional oferece atendimento administrativo, como emissão de carteiras de trabalho e seguro-desemprego. Já a Gerência Regional conta com auditores fixos. Hoje, em Catalão, a fiscalização é feita através de Goiânia.

Para o secretário geral do Simecat, Thiago Cândido, muitas pendências poderiam ser solucionadas com mais fiscais na região.  Com a demanda alta e pouca fiscalização, muitas empresas acabam burlando a lei. “Muitas conseguem maquiar as falhas quando a fiscalização aparece e conseguem escapar. Sendo assim, elas continuam agindo de maneira ilegal e prejudicando o trabalhador”, ressalta.

Conforme sugestão do Ministro, a única saída é o movimento sindical mobilizar os deputados goianos para apresentar uma emenda pedindo destinação de recursos para a construção da Gerência Regional do Trabalho de Catalão e Rio Verde.

As lideranças sindicais também aproveitaram a oportunidade para tratar sobre a contribuição assistencial. Os sindicalistas alegam que o Ministério Público do Trabalho de Goiás está fiscalizando de maneira arbitrária e dificultando a atuação de vários sindicatos.

Além do SIMECAT, dirigentes dos Sindicatos Metabase e Sindtranposrte, Força Sindical Goiás e o presidente da Força Sindical nacional, Paulinho da Força, também participaram do encontro.

Pouca Fiscalização

De acordo com Brizola Neto, o Brasil está enfrentando a escassez de Fiscais do Trabalho, portanto o problema não é centralizado e o Ministério do Trabalho não tem verbas suficientes para fazer novas contratações.

O Ministério solicitou 600 novos postos para Auditores, mas só foram liberadas 125 vagas para serem distribuídas por todo o País conforme a atividade econômica do Estado. Somente em Goiás quatro Auditores serão aposentados até o fim deste ano, ou seja, precisam ser substituídos.

Reforma

O prédio da Agência Regional do Trabalho em Catalão passará por mudanças nos próximos meses. O projeto de alteração já foi aprovado, a verba já foi disponibilizada e o processo de licitação deve se encerrar ainda na primeira quinzena de novembro. Em breve começam as obras.

Segundo o Superintendente do Trabalho em Goiás, Heberson Alcântara, o Simecat sempre o alertou para a realidade de Catalão e então foi comprovado que a agência precisava de mudanças.

O trabalhador será o maior beneficiado. “Essa reforma será muito importante, pois vai proporcionar um bom atendimento ao trabalhador, seja ele metalúrgico ou de qualquer outra categoria”, lembra o presidente do Simecat, Carlos Albino de Rezende Júnior.

Por Juliana Barbosa
Assessoria de Imprensa SIMECAT
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