Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

A empresa MMC realizou propaganda na cidade de Catalão anunciando que contrataria mais de 80 pessoas e os interessados poderiam encaminhar seus currículos à empresa. Em menos de 20 dias após as contratações, foram demitidos todos os trabalhadores contratados.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão/GO – SIMECAT, indignado com os desmandos da empresa Mitsubishi, realizou em 1 de setembro, na porta da empresa, uma assembléia para protestar contra as demissões realizadas por eles.

Rita Estrela – SIMECAT

Carlos Albino, presidente do Sindicato

“A falta de ética é muito grande com relação aos trabalhadores. Demitiram também um dos diretores do SIMECAT, Danilo Nunes, que sempre procurou ajudar os companheiros dentro da empresa”, enfatiza Carlos Albino, presidente do Sindicato.

A demissão de Danilo aconteceu logo após a realização da assembléia. “A qualquer custo, a MMC esta tentando desestabilizar o SIMECAT, pois, no final de setembro, os diretores começarão a campanha salarial”, complementa Rherman de Souza, presidente interino da Força Sindical de Goiás.

Cerca de 130 trabalhadores foram demitidos e receberam a seguinte definição para as atitudes da MMC: ´queda nas vendas, na produção´.

Carlos Albino havia realizado recentemente reunião com os diretores da empresa e fez a seguinte proposta aos representantes da MMC: “se as demissões são necessárias, que faça demissões voluntárias, faça remanejamento, mas preservem os pais de família”. E complementou: “esta situação não vai ficar assim, pois iremos montar campana na porta da empresa até que a situação seja definida. Precisamos ser respeitados. Estão achando que somos objetos, e isto não aceitamos!”.

Protestos

O SIMECAT, em protesto às demissões, fechou o Sindicato na tarde do dia 1 de setembro e os diretores se dirigiram para a montadora MMC e realizaram mais uma assembléia, convocando os trabalhadores para se unirem em protesto.

Na manhã de 2 de setemenro, desde às 06:30, os diretores montaram campana na porta da empresa e o diretor Danilo da Silva Nunes foi acorrentado, onde permanecerá até que a empresa se manifeste e dêem uma posição favorável aos trabalhadores.

Por Rita Estrela – Assessoria de Imprensa do SIMECAT