O Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) compôs a caravana de Catalão que participou da Marcha Nacional de Trabalhadores Contra as Reformas, em Brasília. Mais de 100 mil pessoas se reuniram na capital federal, na última quarta-feira (24), para lutar contra as reformas da previdência e trabalhista. A marcha seguiu pacificamente do Parque da Cidade até a Esplanada dos Ministérios. O manifesto foi convocado por centrais sindicais e movimentos sociais.
Devido às denúncias de corrupção contrao presidente Michel Temer, o ato unificado também pediu a saída do atual governo e protestou para que novas eleições sejam convocadas. Assim que a marcha chegou ao destino final, alguns grupos se infiltraram e tumultuaram a manifestação. Houve confronto com a polícia e bastante repressão. Apesar dos atos de violência, a grandiosidade e importância da marcha não devem ser desmerecidas.
Para o presidente do SIMECAT, Carlos Albino, os trabalhadores deram uma clara demonstração de que não vão aceitar a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista. “Foi um dia histórico para a classe trabalhadora. Foram centenas de ônibus de todas as partes do País. A marcha reuniu dos mais jovens até os mais velhos. O objetivo do movimento sindical é intensificar ainda mais as mobilizações em defesa dos direitos que estão ameaçados”, completa. Lembrando que no dia 15 de março aconteceu o Dia Nacional de Luta e o dia 28 de abril foi marcado pela Greve Geral, ambas ações exitosas realizadas pelos sindicatos, inclusive em Catalão.
No total, aproximadamente 250 pessoas de Catalão participaram da marcha. A caravana foi composta por camponeses, professores, estudantes, metalúrgicos, comerciários e trabalhadores de outras categorias. A caravana foi organizada pela Frente Sindical Contra as Reformas, fundada no mês de janeiro por sindicatos e movimentos sociais locais no intuito de lutar contra as medidas neoliberais do governo Temer.
Acampamento dos Metalúrgicos
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) preparava também um acampamento com o objetivo de manter a vigília em defesa dos direitos dos trabalhadores. Cerca de 500 barracas estavam confirmadas para integrarem o Acampamento da Resistência, porém, em razão dos acontecimentos violentos, a ação foi cancelada para preservar a integridade dos dirigentes sindicais.
Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT