Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Os servidores do INSS devem fazer amanhã uma paralisação de 24 horas no Estado de São Paulo. A principal reivindicação é a falta de funcionários nos postos. Segundo o Sinsprev, sindicato dos servidores do INSS, são 7.850 funcionários no Estado quando o ideal seriam pelo menos 9.850 servidores. Hoje, durante todo o dia, serão realizadas assembléias nos locais de trabalho para discutir como será o protesto. A decisão pela paralisação foi tomada no último sábado na assembléia estadual convocada pelo Sinsprev. “Alguns postos, como Vila Mariana e Sabará [ambos na zona sul], terão assembléia hoje.

No final da tarde, teremos um quadro completo de como deverá ser a greve”, disse Gilceni Leite Lima, diretora do Sinsprev. Segundo o sindicato, o sistema de gratificação por produtividade que o Ministério da Previdência criou aumenta a pressão sobre os servidores que não têm tempo para avaliar os pedidos de benefícios. Para o sindicato, o volume de trabalho aumentou muito nos últimos anos e não houve contratações. As vagas abertas por meio de concursos públicos serviram para repor os servidores que saíram ou que se aposentaram.

“O servidor que ficou está sendo massacrado de tanta pressão. Além disso, existem problemas graves de falta material de trabalho”, disse José Rubens Decares, diretor do Sinsprev. A partir do dia 6, os servidores pretendem começar uma operação padrão na análise dos benefícios, isto é, serão efetuadas todas as etapas de conferência de dados de acordo com as regras de concessão. O tempo médio de concessão, que hoje é de 60 dias no Estado, deve aumentar. Para o sindicato o quadro atual é incompatível com o volume de pedidos. O INSS disse que não comenta ameaça de greve. Caso haja paralisação serão tomadas providências. (JG)