Categoria quer 7,15% do INPC e aumento real de 5%
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os bancários de todo o país entram hoje em greve por tempo indeterminado em protesto pelo impasse na negociação salarial da categoria. A paralisação foi aprovada em 19 Estados, segundo a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).
Em São Paulo, a paralisação foi aprovada em assembléia que reuniu cerca de 1.500 trabalhadores e deve atingir principalmente as agências do centro da cidade, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT). Hoje, nova assembléia marcada para as 17h vai definir o rumo da paralisação.
A categoria já havia optado por paralisação de 24 horas na terça-feira da semana passada para pressionar a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a negociar um reajuste melhor.
Em algumas cidades e Estados, a greve já vinha ocorrendo desde terça-feira passada -casos de Brasília (DF), Salvador (BA), Maranhão, Rio Grande do Norte e Bauru (SP). Os bancários em Pernambuco estão em greve desde sexta-feira. No Pará e no Amapá, a greve começou ontem, segundo a Contraf.
A greve também foi decretada em assembléias realizadas em Curitiba e em Campo Mourão (PR), Ceará, Alagoas, Piauí, Acre, Rondônia, na região sul fluminense, Teresópolis e cidade do Rio (RJ), Campina Grande (PB), Itabuna, Feira de Santana e Vitória da Conquista (BA), Santo Ângelo e Santa Cruz (RS), Teófilo Otoni e Ipatinga (MG), Mogi das Cruzes (SP) e Chapecó (SC).
São 434 mil bancários no país, dos quais 120 mil em São Paulo, Osasco e região, que pedem aumento real de 5% -além da inflação acumulada de 7,15%, segundo o INPC-, valorização dos pisos salariais, auxílio-creche de R$ 415 e vale-refeição de R$ 17,50 por dia.
A Folha não localizou representantes da Fenaban para comentar a greve decretada ontem pelos bancários.