Ellen Nogueira e Folha de S. Paulo
do Agora
O Banco Central sinalizou ontem que o processo de queda dos juros iniciado em janeiro pode ter chegado ao fim. Os representantes do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) cortaram em 0,5 ponto percentual a taxa Selic, que, a partir de hoje, passa para 8,75% ao ano, e afirmaram que o novo nível é consistente para controlar a inflação e estimular a recuperação da economia “ao longo do horizonte relevante”.
Logo que a queda da Selic foi anunciada, os bancos já divulgaram diminuição em suas taxas. No Bradesco, a taxa máxima do cheque especial caiu de 8,28% ao mês para 8,24%. No crédito pessoal, a taxa máxima foi reduzida de 5,68% ao mês para 5,64%.
As novas taxas valem a partir de segunda. O Itaú diminuirá, a partir de terça-feira, as taxas máximas de contratação do crediário e do cheque especial em 0,04 ponto percentual. O Banco do Brasil anunciou a queda em seus juros a partir de amanhã.
A taxa máxima do cheque especial cairá de 7,69% ao mês para 7,65%. Já a do cartão de crédito será reduzida de 12,56% para 12,52% ao mês. O Grupo Santander, que reúne os Bancos Santander e Real, reduzirá, a partir do dia 1º, a taxa máxima do cheque especial de 9,42% para 9,38% ao mês.
Para a Fiesp (federação das indústrias paulistas), a queda pode aumentar os investimentos. Para a CUT e para a Força Sindical, a queda foi pequena.