Matéria publicada em 27 de agosto de 2009
Foto: Joel Cerizza / AENotícias
Sérgio Butka, Clementino Vieira (presidente da CNTM) e diretores do Sindicato da Grande Curitiba com Requião
O governador Roberto Requião reforçou seu apoio à campanha para a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Requião se reuniu, nesta quinta-feira (27), com representantes da Força Sindical e Sindicato dos Metalúrgicos. A intenção do governo é marcar nova reunião com líderes sindicais e deputados estaduais, para discutir ações a serem tomadas antes da votação do projeto de lei no Congresso Nacional.
“Pretendemos nos reunir em 14 de setembro com deputados de todos os partidos. O Paraná já é o Estado com maior salário mínimo regional do País. Temos que continuar lutando pelos nossos trabalhadores”, declarou o governador.
Uma comissão especial da Câmara de Deputados, criada para analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da redução de jornada de trabalho, aprovou o projeto no início de julho. O texto reduz a jornada dos trabalhadores de 44 para 40 horas semanais, sem diminuição de salário, e aumenta de 50% para 75% o adicional sobre o valor da hora extra. “O Paraná é um estado pioneiro que preza o trabalhador. Tem o maior piso regional do País e vai continuar lutando para reduzir a jornada de trabalho”, disse Requião.
De acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), se o projeto de lei for aprovado, deve gerar 2,2 milhões de novos empregos. “Se você estiver mais gente envolvida na economia certamente nós teremos maior consumo da produção e maior industrialização. Hoje, a principal tendência contra é a do comércio, que, com mais gente empregada, será o maior beneficiado”, disse Sérgio Butka, presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos.
SAÚDE – Pesquisa realizada pelo governo de Barcelona indicou que o excesso de horas de trabalho tem conseqüências para a saúde física e mental, como ansiedade, depressão e problemas cardíacos. De acordo com o estudo, os homens sofrem, principalmente, com distúrbios no sono e as mulheres com hipertensão, ansiedade e aumento da probabilidade de fumar.
“Com o ritmo de trabalho imposto por muitas empresas, nós temos mais pessoas afastadas pelo INSS, sendo sustentado com o dinheiro público. Precisamos lutar por uma qualidade maior das condições de trabalho da nossa população”, ressaltou Butka.