Na tarde de terça-feira, 21, a Renault, em São José dos Pinhais, simplesmente informou ao SMC (Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba/PR) que iria demitir 750 trabalhadores.
O aviso veio antes até do prazo de 72h aprovado na última sexta-feira(17) para que a empresa voltasse a negociar com o Sindicato alternativas para manter os empregos.
Diante da postura da montadora, o SMC liderou uma assembleia na porta de fábrica e colocou em votação o encaminhamento de greve por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada por unanimidade.
Enquanto a empresa não voltar a negociar com o Sindicato para reverter a situação a mobilização vai continuar.
“Queremos deixar nosso repúdio pela forma que esta empresa está agindo mesmo recebendo incentivos fiscais do governo do estado para gerar e também manter empregos. Infelizmente não é o que a direção atual desta planta está pensando”, ressalta o presidente do SMC, Sérgio Butka.
Butka ainda lembra “que os trabalhadores continuarão lutando para que se consiga uma relação capital/trabalho mais harmoniosa”.
Proposta reprovada
Na última sexta (17), os metalúrgicos da Renault reprovaram uma proposta que englobava um PDV com “800 demissões necessárias”, segundo a empresa. Logo após foi aprovado um prazo de 72h para empresa voltar a negociar com o Sindicato, o que não aconteceu.
A unidade brasileira da Renault empregava até o momento 7.300 trabalhadores que produzem os modelos Sandero Stepway, Logan, Kwid, Duster, Oroch, Master e Captour. A fábrica ainda conta com uma unidade de motores e injeção de alumínio.