No último dia 21/1, o Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Renato Soares, esteve em Brasília, com a convite de representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para uma reunião com os assessores Charles Capella de Abreu e Leonita de Carvalho.
O presidente do Sindmetal-SF falou sobre os problemas que a cidade enfrenta desde o processo de privatização da CSN, citou as demissões praticadas naquele período, os prejuízos ambientais causados pela falta de compromisso que a empresa tem em respeitar o que é estabelecido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, a questão de milhares de hectares de terras sem uso. E, finalmente, falou sobre a sua preocupação quanto a ameaça de perda de cerca de 50% dos postos de trabalho na Usina Presidente Vargas, caso seja concretizada a operação de compra pela CSN da CSA, no Rio de Janeiro. E o que isso poderá causar na economia da região.
A assessoria do Ministério recebeu as denúncias, se comprometendo a levá-las aos executivos do BNDES e acompanhar o processo. E caso seja efetivada a operação com a participação do BNDES, o sindicato será chamado para se reunir com a direção do banco.
ENTENDA O CASO
Há cerca de seis meses, o Sindimetal-SF luta contra a possibilidade de desativação da chamada área de redução da CSN – coqueria, sinterização, pátio de matérias-primas, altos-fornos, aciaria e a corrida contínua -, já que a CSA produz apenas placas de aço. Com a nova aquisição, poderá significar 10 mil trabalhadores desempregados na região.
Na última semana, a CSN fez um lance no valor de US$ 3,8 bilhões para compra de ativos da empresa ThyssenKrupp – uma laminadora no Alabama (EUA) e a participação majoritária na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Brasil.
Ainda por esses dias, estará sendo discutido o plano para viabilizar a compra da CSA através da participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio de seu braço BNDESPar, como acionista da operação. Isto tornará o banco sócio de peso em todos os negócios do grupo controlado por Benjamin Steinbruch, presidente da CSN. Assim, a estratégia usada pela direção do sindicato é tentar junto ao governo federal, arrancar o compromisso de exigir da CSN que o dinheiro público não seja usado para fechar postos de trabalho, gerando milhares de desempregados, e prejudicar Volta Redonda.
ABAIXO ASSINADO
Além de aguardar os acontecimentos, o sindicato deverá realizar um abaixo-assinado, envolvendo os municípios da região, como forma de somar esforços e evitar a desativação das áreas e, consequentemente, o desemprego.
Por Fabiana Longo
Jornalista – Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense
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